FUJA DAS ARMADILHAS
Não é preciso ser perfeito para ser um prefeito
Pois será o sufrágio universal quem irá decidir
Mas, se ele fizer bom governo e for bom sujeito
Poderá por meio do voto novamente o conseguir
As convenções partidárias escolhem seus nomes
E caberá aos partidos políticos a grande divulgação
Geralmente, são esperados candidatos de renomes,
Com reputação ilibada e sem qualquer contestação
Os “mesmos de sempre” serão bem apresentados
Para a composição da chapa que o partido escolher
Nem sempre eles serão os “homens” mais votados
Mas será a “velha tradição” que terá de prevalecer
Há quem ache que renovar será boa alternativa
Para deixar "velhos líderes” em palpos de aranha
No entanto, outros acreditam que essa iniciativa
Irá apenas aguçar novos conchavos e barganhas
A propaganda partidária será o fiel da balança
Para quem prometer fazer mais pelo seu povo
Apesar de o eleitor ainda viver de desconfiança
Preferirá o candidato “antigo”, a confiar no novo
Há quem prefira o eloquente, ao menos letrado
Quiçá, o mais comprometido com o bem comum
Mas, no frigir dos ovos, o eleitor será “enrolado”
E terminará dando o seu voto para qualquer um
Candidatos à reeleição aparecerão aos montes
Dizendo que farão bem mais no pleito vindouro
Seus eleitores ainda ficarão sem saber as fontes
Que fizeram com que eles “escondessem o ouro”
Política partidária, a arte vivificada por poucos
Que fazem muito bem dela o eterno ganha-pão
Já os eleitores, por vezes, passam-se por moucos
E tornam-se vítimas constantes de seu alçapão
Assim, use seu voto como o seu nobre dever cívico
Exerça-o, conscientemente, quando o for necessário
Jamais se deixe transitar por entre um logro político
Nem se torne por paixão em seu reles e fiel sectário.