O Guardião de uma História
A fogueira queima a lenha
Em mim incendeia uma
Recordação, doce recordação...
De quando eu era feliz
Em minha doce aldeia
Lembranças que guardo em mim...
As antigas vestes em azul
O ouro enfeitando o corpo
Era uma civilização ao Sul
Sul submerso pelo passado
Lá não tinha tristeza no choro
E ninguém era deixado de lado.
Todos lá eram irmãos
Pais e mães também
Um responsável pelo outro
O que nos regia era o Bem
Dávamos as mãos
E cantávamos felizes, em coro.
Mas num dia, triste dia
Tudo isso virou ruína
Enterraram meu povo
Destruíram nossas vidas
E quem ali pediu socorro
Lentamente morria...
Sobrou apenas a Relíquia
Que tanto cuido, com carinho
Fui o último restante da tribo
Que luto por sua memória
Quer seja chorando ou sorrindo
Serei o guardião de tua história.