NA SOMBRA DO UMBUZEIRO


No cantar do extravagante

Nas manhãs de primavera
No caminhar dos retirantes
Em sua literatura sincera
Como um pássaro viajante
Nuances de uma quimera
 
Na sombra do umbuzeiro
Buscando a inspiração
Com um olhar lisonjeiro
Versos brotando do coração
Como promessas de um romeiro
Fundamentadas na gratidão
 
São cordéis da sinceridade
Memórias expressas em poesia
Valor intenso de uma saudade
E versos cheios de alegria
Nos campos da serenidade
Com sonoridade e melodia
 
As bonecas de pano em sua nobreza
Expressando a simplicidade
As mãos que faziam com sutileza
Mostravam o valor da dignidade
O sertanejo em sua franqueza
Exemplo de integridade
 
Colhendo o fruto da carrapateira
No apanhar do algodão
No corte da palma forrageira
No tirar do leite toda manhã
Na lida do gado que é rotineira
Na luta constante de cada verão
 
As palavras em percepção
Conduzidas por sentimentos
No labor de cada verão
Contemplando ensinamentos
No alvorecer num pedaço de chão
O sertão em seus argumentos
 
Lições de um conviver
Apreciadas com sinergia
Compreendendo o amanhecer
Nas conotações de todos os dias
Poetização que sabe reconhecer
Os caminhos da sabedoria




OBSERVAÇÃO:
A pintura é do artista plástico mineiro Rui de Paula.

Marcos Antônio Lenes de Araújo
Enviado por Marcos Antônio Lenes de Araújo em 22/08/2020
Reeditado em 03/03/2024
Código do texto: T7043567
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