A LIBERDADE POÉTICA É A MINHA LIBERDADE!
POR JOEL MARINHO
 
Se escrever é paixão
Eu sou um apaixonado
E sei que escrevo errado
Às vezes com intenção
Noutras vezes erro mesmo
São letras jogadas a esmo
Isso a mim não é vergonha
Gosto da literatura
Que me aceita sem frescura
Com liberdade medonha.
 
A liberdade poética
É a minha liberdade
Sinto-me tão à vontade
Para criar minha estética
Agradeço a quem “me” lê
Isso vem me enriquecer
Dando um alento pra alma
Sei que não sou escritor,
Porém escrevo com amor
Porque escrever me acalma.
 
Jamais serei escritor
Porque eu odeio regra
Sigo só a minha régua
Não me prenda, por favor!
Escrevo o que vem na telha
Não vivo a fazer parelha
Com egos exacerbados
Até agradeço críticas
Mas não vivo a fazer política
Com livro de regras do lado.
 
Pois tem coisa que não cabe
Como prender poesia
Jamais se prende a magia
A qual só o leitor sabe
A mim o mais importante
É o toque fulminante
Bem lá no centro da alma
Se isso eu puder fazer
Nada mais posso querer
Já posso morrer sem trauma.
 
Como disse, não serei.
Um escritor afamado
Por isso tenho atestado
De doido e não de rei
Vou seguindo minha rima
Sem precisar de tarimba
De babaca intelectual
Que me quer como um “Machado”
Se não nasci nem terçado
Nem corda pra berimbau.
 
E nessas rimas sem rumo
Deixo aqui o meu abraço
A todos que tem um laço
Ao que escrevo sem prumo
E quem até aqui leu
O que esse leigo escreveu
Muito obrigado amigão!
Você tem muita coragem
Ao ler as minhas bobagens
Agradeço de coração.
 
Nenhuma indireta a ninguém, apenas inspiração ao que sinto de verdade e sem frescura de regrinhas intelectuais. Escrevo poesias para serem lidas por todos e não apenas a um grupo seleto da sociedade, por isso gosto de cordel que tem linguagem popular e direta. Quando me arrisco em coisas mais intelectualizadas me sinto estranho no meio delas rsrs.