A MÁSCARA
A MÁSCARA
AUTOR – Flavio Alves
As mortes estão diminuindo
Porque o vírus tá indo embora
O comércio já está abrindo
E pra que máscara agora?
Eu quero mais é me esbaldar
Minha prisão recuperar
E não jogar conversa fora.
Você joga, seu Zé Mané
A máscara deve ser usada
Não bote aqui sua colher
Incentivando a rapaziada
Causando uma confusão
Gerando uma discussão
Que não servirá pra nada.
Que cabecinha é essa a tua
A máscara não vou usar
Eu quero mesmo andar na rua
E multa não vou pagar
Porque eu tenho meus direitos
E não vou ficar satisfeito
Trancafiado no meu lar.
Vai ficar sim senhor
Não és melhor que ninguém
Com essa cabeça de cocô
Não vales nenhum vintém
Por isso ficas calado
Deixa do teu rebolado
Que ficará tudo bem.
Quem rebola é a senhora
E eu mando na minha vida
Posso até pegar catapora
Ou ficar cheio de feridas
Mas não vou usar essa máscara
Nem tenho medo de ameaças
E nem também de despedidas.
Agindo assim tu vais morrer
Tu pensas que vou chorar?
Ficando a compadecer?
Eu vou é mais comemorar
E vou ficar aliviada
Livre das tuas mancadas
E eu vou te sepultar.
Mulher ruim e linguaruda
O meu amor por ti acabou
E tuas ideias absurdas
Parecem filmes de terror
A máscara não vou usar
E o vírus não vou pegar
Porque Deus é protetor.
Deus não gosta de teimosia
E é melhor você saber
E nem aceita anarquia
Tu estás querendo morrer
O vírus não está parado
Ele está por todo lado
Só esperando por você.
Tá bom, tá bom, chega, parou!
Com praga é melhor usar
Agora me faça um favor
E deixe de me azucrinar
Que agora eu vou me benzer
Pra esse vírus correr
E ninguém mais contaminar.
Mas isso um dia vai passar
E tudo ficará normal
E quando a vacina chegar
Faremos um belo carnaval
E chega de diretrizes
Ficaremos todos felizes
E será sensacional.