Sertão

Não cantarei o sertão

Pois minha voz é fina e sem compasso

Mas escrevo com grande entusiasmo

As grandes maravilhas do meu chão

A poeira que sobe do chao quente

Com a pisada do belo alazão

Na tapera que ficou abandonada

Me regresso aos tempos de menino

E reclamo com as valas do destino

Que me levou pra longe dessa terra

De ca eu nem sabia das notícias

É a saudade batia descriminada

Sem saber que só aqui seria feliz

A distância fez a saudade eternizada

Esse sertão que um dia foi minha morada

Ainda sinto o cheiro desse chão abrasador

Só não canto por te o meu amor

Por que prefiro viver no anonimato

As areias desse chão é meu retrato

E a brisa dessa terra é o meu manto

Pois escrevo entre lágrimas derramadas

Esse chão que para sempre é meu encanto

É nessa terra onde o sol nasce primeiro

Que a caatinga floresce no sol quente

O valor do sertão ta nessa gente

Que resiste ao calor e a terra seca

E as marcas que o tempo lhe imprime

Pela lida de um trabalho cansativo

O sertanejo segue firme e apaixonado

Sem pensar de sair do seu recanto

Ao lembrar do meu sertão eu choro tanto

Minha alma fica pronta pro regresso

O coração bate no peito mais esperto

E no meu rosto rola as lágrimas do meu pranto.

Luis silva
Enviado por Luis silva em 24/07/2020
Reeditado em 24/07/2020
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