O DIA EM QUE UM OPERÁRIO VIROU PRESIDENTE , ENGANANDO TODA A GENTE!

O que agora eu vou contar

Aprecie minha gente

Pramodi num engasgar

Quero um jeito diferente

Melodia de sorriso

Pouca dor e muito siso

Elegendo o presidente.

Conheci esse menino

Lá no ABC paulista

Tinha força e muito tino

Um líder sindicalista

Reunia todo o povo

Pra brigar dum modo novo

Verdadeiro ativista.

Passou fome, passou frio

Comeu o pão do diabo

Mas nunca perdeu o brio

De homem determinado

Foi pisado pelos reis

Sem nunca perder de vez

O gosto pelo reinado.

Mobilizava uma classe

Sabia fazer-se ouvir

Defendia cada impasse

Sem deixar-se consumir

Trabalhando desde cedo

Na lida perdeu o dedo

Mas achou o seu porvir.

Entrou de vez na história

Dedicado ao PT

Esperou dias de glória

Sem saber se os ia ter

Uma coisa eu sei de cor

Sempre deu o seu suor

Pro irmão não se perder.

Por diversas eleições

Aspirou uma vitória

Nunca fez bajulações

Misturado c’a escória

Manteve sempre seu rumo

Pra nunca sair do prumo

Da limpeza fazer glória.

Homem simples e honesto

Caminhou de rosto erguido

Pureza no menor gesto

E nesse olhar atrevido

Ali onde sai centelha

E brilha a estrela vermelha

Do fogo dos escolhidos.

Hoje de terno e gravata

Conserva o mesmo semblante

Vencendo qualquer bravata

Com seu jeito confiante

Traz na face o olhar amigo

Que insuflou o povo unido

A escolher representante.

Chegou lá Luís Inácio

Nosso Lula presidente

A jornada não é fácil

Mas seu povo está contente

Acredita nessa vida

Eleva a pátria querida

Sua força está na gente.

Esse cordel foi feito logo após as eleições. Na ocasião, a gente não teve medo de ser feliz, contudo... hoje o cordel seria diferente, ou teria uma continuação:

Logo assim que assumiu

Não sabia o que fazer

Tinha gente sem perfil

Nem postura de poder

Fez um bando de aliança

Com partidos sem pujança

Colocou tudo a perder.

Recebeu um rombo enorme

Do governo que partia

A previdência disforme

Não deu pra pagar em dia

Aumentou então a idade

Isso foi calamidade

Para a aposentadoria.

O povo em tal sofrimento

Confiou inda no hômi

E pra nosso entendimento

Confiá num mata a fome

Era muito lero-lero

Ao criá o “Fome Zero”

Dá comida a quem já come.

Ia tudo muito bem

O povo aceitano as orde

Num tava bom pra ninguém

Mas se faz o que se pode

Só num contava o aperreio

Escândalo dos Correio

Começou então o bode.

Tinha um tar de Seu Delúbio

Tinha também o Valério

Depoimento mais dúbio

Na CPI dos mistério

Cada um diz o que qué

Seu Lula, como é que é,

Cadê seu governo sério?

Falando em seriedade

Um deputado espertinho

Conquistou celebridade

Quereno saí de mansinho

Mas o tiro que ele deu

Da culatra escafedeu

Acertou o Robertinho.

Se não bastasse a mesada

num era pouca meleca

na entrega da parada

tinha os levados da breca

pra mantê tanta ganância

enganando a vigilância

esconde os dólar na cueca.

CPI do mensalão

Avião do presidente

Correio, corrupção

Virou rotina da gente

Perto deles o Macedo

Era bispo de brinquedo

Aprendiz incompetente.

Os bandido tudo livre

Governando esse país

Na cadeia só quem vive

É assaltante infeliz

os verdadeiro matadô

Deputado e senadô

Viajando pra Paris.

Viaja quem tem tutano

Lula cumpre o seu papel

Já almoçou no Vaticano

Conheceu inté Fidel

Nosso povo do nordeste

Com a seca, a fome e a peste

Sem avião vai pro céu.

Com isso tudo se vê

Que os anos todos de luta

Não fizeram do PT

Um partido de labuta

E o povo levando trolha

Lamenta infeliz escolha

São tudo uns FDP!

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