QUEM TIVER OLHOS QUE LEIA. (Besteira pouca é bobagem)
Suco, só sendo do fruto
Tirado de pé lourinho
Mulé das mamica cheia
Já si imbrenhô c'o vizinho
Cobra pra bote certêro
Só mermo in meis de janêro
Nas penetrança do ninho!
Ninguém vote em presidento
Ondi o fíi é zémarica
Véio da era zagáia
Só fumo de poca pica
Tarzan imbarrigô jana
Ditráis das moita africana
No verdegel das africa!
Quando São Pedro primêro
Viajô pras graobretonha
E a rainha elisabé
Fazia bordado em fronha
Foi que fulano dom João
Inguliu a iscravidão
Numa roda di maconha!
São Pedro perdendo a chave
Da porta do paraíso
Arrombô, butô um trinco
Laigô graxa, dexô liso
Corrente, pois um bocado
Um baita dum cadeado
E disse a Deus: "É priciso!"
Foi quanu a arca atracô
Na bera do cais do porto
Nóé c'uistamu inguianu
Desceu já andanu torto
Eva li dano cansera
Pra pudê fazê a fera
Vendeu o casá di porco!
Aqui mermo no Recanto
Atraquei minha piroga
Pra faturá uns trocadu
Cumecei a vendê toga
O meu primêro fregueis
Me pidiu foi logo seis...
Um tá STELO QUEIROGA!
I eu vô mermo é li dizê
Toga é só pá quem merece
O poeta, ou ‘usa toga’
Ô di fómi ele padece
Pra STELO tiro o chapéu
Seu futuru é lá no céu
Já tô linterranu a prece!
Joguei a isca e apareceu o peixe... STELO QUEIROGA nos brindou assim...
"Zérroberto sentô praça
na puliça de Mauá
vêi a onça marruá
viu ele chêi de manguaça
no mêi daquela arruaça
vi Jair contaminado
cum a mascára de viado
correndo atrái de Nobréga
gritano devôrv as prega
do meu vistid incarnado..."
...e assim:
"No dia que Zelimêra
foi jogá pelo verdão
levô nu zóvo um tufão
que viu Dalva(estrela) diolivêra
Zerroberto na carrêra
vêi aplicáli a massage
mas gostô da sacanage
era dotô im direito
nu isquerd erú defeito
disgraçapôquebobáge..."