NÃO NASCI PRA “PAU MANDADO”!
Disseram-me certa vez!
Pra eu aceitar o destino
Já perdi meu desatino
Pois a mim tudo é talvez
Se a vida fosse uma reta
Sem ter essa coisa incerta
Na certa seria um tédio
Viver sem uma mudança
Dos que fizeram lambança
É doença sem remédio.
 
No meu sangue tem revolta
Minh'alma é de criação
Pois uma vida sem ação
É um entrar e bater a porta
E quem não fala o que pensa
Tem uma vida em falência
Cheia de angústia e dor
Não nasci pra “pau mandado”
No quartel tal qual soldado
Repetindo, sim senhor!
JOEL MARINHO