POLÍCIA MALVADA (FEDERAL)
POR JOEL MARINHO
Eita polícia malvada
É essa tal de Federal
Amansa governador
Faz prefeito passar mal
Fez senador falar fino
Gritando ao pai em desatino
Salve-me desses “animal”.
 
Aqui pelo Amazonas
Governador falou fino
Dizendo “eu não roubo eu”
Tremendo mais que um menino
Quando o pai pega o chicote
E não dá pra dar pinote
E peia pega o cretino.
 
Quando gritaram, prefeito,
A polícia bate na porta!
O coitado caiu no chão
Com as mãos e a boca torta
Fingiu uma taquicardia
- O covid me judia
Minhas pernas estão mortas.
 
Assim foi levado às pressas
Pra logo ser entubado
Mas exigiu do doutor
Uma televisão do lado
Pra ver os noticiários
Dizendo não sou otário
Vou ficar quieto e calado.
 
Enquanto isso lá fora
Discursa o governador
Nada fiz, não sou culpado!
Tudo que fiz foi por amor
Aqui não tem nada errado
É tudo voluntariado
Pra não gastar, seu doutor!
 
E enquanto o pau tá comendo
Na capital do Amazonas
Lá em Brasília também
Tá aquela mesma zona
Cai ministro, entra ministro,
Pois até o seu registro
Falsificaram em Oklahoma.
 
Enfim, meus caros amigos,
Essa zona já existia
Mas de uns tempos pra cá
Isso virou “putaria”
Do federal ao município
É gente que o único princípio
É roubar com covardia.
 
E já tem quarenta anos
Que vejo essa embromação
Entra governo e sai governo
Falando o mesmo refrão
Prometo se eu for eleito
De presidente a prefeito
Acabar com a corrupção.
 
Mas pasmem caros amigos!
E veja se isso tem lógica
Já não existe mais crime
Pra Falsidade Ideológica
É apenas inadequação
Para a nova corrupção
Da cambada mitológica.
 
De Norte a Sul do Brasil
Não existe nada novo
Desde D. Pedro I
Que quem se ferra é o povo
Aos políticos pão de ló
Ao pobre farelo só
E quando muito tem ovo.
 
E ao nosso governador
Eu não desejo castigo
Só quero que ele lembre
Daquele tempo antigo
De quando ele dizia:
- Vai nascer um novo dia
A bronca, pai é contigo!
 
Tudo que falo é verdade
Aqui não tem “faiquiniu”
E eu torço de verdade
Com o melhor para o Brasil
Mas com essas “cobras criadas”
Parece não mudar nada
Só vejo abismo sem rio.