ODISSEIA HUMANA

ODISSÉIA PROFANA

Por Coimbra Zoloélo 0306202010

01 Já vivo há oitenta anos

Mas ainda não achei

As venturas procuradas

Nos caminhos que andei

Porém eu tenho esperança

Muita fé e confiança

Que no futuro as verei.

02 Pra quem, anos já viveu

Dentro da normalidade

Dá-se por agradecido

Pois teve longevidade

Uma dádiva divina

Que só pode vir de cima

Onde está a eternidade

03 Porém eu fico a pensar

Nesses dias atuais

O mundo em quarentena

Pelos toques capitais

Em que a morte ataca

Com bala e ponta de faca

E com doenças letais

04 A política mundial

Já beira um precipício

Os governos estão propensos

Liberar um armistício

Pois a broca da maldade

E falta de lealdade

Apresenta o seu indício

05 O desrespeito às normas

E às trilhas do bom viver

Se avolumam no mundo

A ponto de não conter

O rico virou bandido

E o pobre desvalido

Já não importa morrer

06 Mas antes dessa desdita

Vai haver uma inversão

Onde muitos protegidos

Serão posto num caixão

A alma se perderá

O corpo se desfará

No fogo da cremação

07 O pior da conjuntura

É a vil desconfiança

Nem igrejas nem pastores

Transmitem a esperança

Cada ser humano tem

Uma gestão contra o bem

Com o demônio_a aliança

08 O poeta observa

O grande e vil desalento

Que toma cada pessoa

Pra aumentar o tormento

Na comida ou bebida

Já não encontra saída

Pra se ir desse advento

09 A esperança final

Está mesmo no além

Ser levados pela morte

Que por um portal já vem

Não pra ir a outro mundo

Mas à pira do profundo

E virar cinsas convém!

10 Nesse poema obscuro

De degradação profana

A poesia declara

E faz a sua proclama

A falta de inteligência

É a causa da falência

Da odisséia humana!

0306202010