IN MEMORIAM.

Muitos Antônios já morreram nessa guerra

Numa luta sem remédio e sem vacina,

Nessa guerra muitos morrem derrepente

E os enterros agora virou rotina,

Sem velório o caixão já vem lacrado

Para os parentes, a providência é divina.

Nos cemitérios muitas covas são abertas

Na espera dos que ainda irão morrer,

Os hospitais lotados e sem recursos

Não tendo leitos já não podem receber

Os contaminados por COVID 19

E os parentes não sabem o que fazer.

Então o anjo da morte bateu asas

E espalhou pelo mundo a pandemia,

Por aqui em asas de aviões

Com ricaços que chegavam todo dia,

Trazendo na bagagem a triste sina

Era tudo que a elite não queria.

Veio de lá das bandas do Oriente

Com decreto pra matar Ocidentais,

Mata mais que coquetel de formicida

Não tem vacina nem remédio eficaz,

Provoca luto em todo canto que vai

Mata idoso, crianças e até rapaz.

Esse monstro que não tem corpo e nem cor

É invisível e nós não podemos ver,

Tem se espalhado igual areia no deserto

Trazendo a morte sem ter razão nem por que

Por dia mata mais que qualquer guerra

O Anjo da morte que tem nos feito sofrer.

Em memoria dos muitos que já morreram

Dos doutores dos enfermeiros também,

Dos idosos em hospitais e asilos

Dos que vivem ao relento sem ninguém,

Muitos destes aqui não serão contados

Números que só aos políticos convêm.

Esse monstro não escolhe cor e nem raça

Morre o rico, morre o pobre e o miserável,

E os governantes aqui batendo cabeça

Na outra ponta uma dor inestimável,

Coronavírus veio provar para o mundo

Que aqui o ser humano é descartável.

Guel Brasil
Enviado por Guel Brasil em 17/05/2020
Código do texto: T6950127
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