FLORES DO ALGODÃO



Lembrando das flores do algodão
Um sertão em argumentos
No pulsar de um coração
Com olhar de sentimentos
Por uma história de devoção
Contada em fragmentos
 
Na essência das romarias
Linha histórica da sinceridade
Nas conotações de uma poesia
No recordar da simplicidade
Com pai nosso e a ave maria
No confirmar da religiosidade
 
É a fascinante fé de Juazeiro
Abençoado por Padre Cícero Romão
No respeito ao povo romeiro
E ao Sagrado Coração
Com toadas dos vaqueiros
Promessas, pedidos e oração
 
De Santa Brígida na Bahia
A Parambu no Ceará
Histórias guiando a poesia
Cenário para se admirar
Um nordeste em sintonia
Uma cultura a se eternizar
 
São como as bonecas de pano
Feitas pelas mãos de guerreiras
Num cenário sincero de encantos
No lembrar de uma bonequeira
Uma religiosa pobre em seu canto
Maria de Araújo, beata brasileira
 
Contando a história dos retirantes
No cultivar de grandes lembranças
Como um poeta que é viajante
Viajando firme pela esperança
Por caminhos que são cativantes
Com o olhar da perseverança
 
Lembrando de grandes referências
Recebidas de humildes religiosas
Fragmentos de uma convivência
Valores e lições que são valiosas
Apostolado de eternas vivências
Orientações marcantes e preciosas
 
De um colégio que foi importante
Abençoado por Padre Luís Farias
Marcou a vida de muitos estudantes
Nas orações feitas todos os dias
No escrever que foi fascinante
Num recordar de uma companhia
 
São histórias nunca esquecidas
Abençoadas pelos franciscanos
Por beneditinos e carmelitas
Por brigitinos e salesianos
Pela imensa bondade vicentina
Pelos ortodoxos e claretianos
 
São raízes intensas das romarias
Numa imensa cultura e devoção
Que nas rezas e ladainhas
Mostram o valor da tradição
Que nos versos da poesia
Encontra nobre direção
 
 
 

OBSERVAÇÃO:
A pintura é do artista plástico baiano “Adilson do Sertão