NO NORDESTE É ASSIM...
COMUNICADO AOS NORDESTINOS SOBRE COMO COMBATER O CORONAVÍRUS NUM LINGUAJAR REGIONAL
Esse cordel é pra tu
Que apricia poesia
Tu num fica se ariando
Nem conversando arizia
Vô te mostrá os cuidado
Durante a pandemia
Num teje andano de tuia
Na boa só de migué
Viçano no mei da rua
E num fica donde tivé
uma danação de gente,
passe é longe, arrede o pé
Se tu fô lá na budega
É mió tu ispiá
Se tivê um mói de gente
Trate de arrudiá
Avia logo e xispa
Pra num se infequitá
Num fique de seboseira
Se bãe com água e sabão
Bota outa muda de rôpa
Lave os braço e as mão
Dispois paça alquingel,
cachaça num vale não
Num saia de dendicasa
Fique ai amufambado
Só saia na pricisão
Dêxe de sê alesado
Se o corona te pegá
Aí tu tá é pebado
Quano tu vortá da rua
Joga o bisaco pra lá
Vá vexado, dêxe o jegue
Amarre no pé de juá
Bêje a muiê e os minino
Adispois de se lavá
Num teje bateno papo
Ficano de cunversêro
Arrespeite uma lonjura
Sem relá nos paricêro
E nem teje se amostrano
Com cara de beradêro
Esse corona é tinhoso
Num é uma gripizinha
Pior que buchada azeda
Parece gôgo em galinha
Tu bate é a caçuleta
Se pegá essa murrinha
Te orienta que tu
Num é gente istribada
Pra ir para as UTI
Dessas clínica privada
Tu vai pará é no SUS
Chei de gente amontoada
Num aprochegue no zoto
Na hora de ispirrá
Assuba os braço na venta
Pra o ispirro tapá
Quaje beijano o suvaco
Sua venta vai ficá
Quano tu chegá nos canto
Siga as orientação
Num passe as mão nas coisa
Nem aperte as outas mão
Pra num se contaminá
Pricisa tê atenção
Se o teu coipo isquentá
Tivê amufinamento
Falta de suspiração
Tossida, istalicimento
Faça carrêra e aparte
Fique no escondimento
Pru mode tivé sem foigo
Fartando ar nos pulmão
Num teje lamuriano
Cum choro, lamentação
Pruque nunca quis cumpri
Todas orientação
Não devemos vacilar
Com a COVID-19
A situação vivida
Cada um que se comove
Eu espero que o mundo
Depois disso se renove
Autor: Alexandre Costa