MULHER PROSTITUÍDA

Nos bordéis clandestinos ou no bar

Elas são instrumentos do desejo

Como carne vendida no varejo

Que quem compra começa a pechinchar

Toda hora tem homem pra comprar

E toda noite mulher pra se vender

Para ter dez minutos de prazer

Por uns trinta reais ela é vendida

Muito triste a mulher prostituída

Se vendendo pra ter o que comer

Muitas vivem num estado depressivo

Porque são obrigadas fazer isso

A prostituição por compromisso

Precisão é as vezes o motivo

Quando o cara está bêbado e agressivo

Ela vai para cama sem querer

E sem pai o neném pode nascer

Quando acaso uma dessas engravida

Muito triste a mulher prostituída

Se vendendo pra ter o que comer

Ela diz por favor não toque em mim

Me entenda que hoje eu não tou bem

Ele diz: o que eu quero você tem

Se quiser que lhe pague pode vim

Ela diz: hoje eu não tou afim

Mas se senta com ele pra beber

Se quem paga merece receber

Para ela não tem outra saída

Muito triste a mulher prostituída

Se vendendo pra ter o que comer

Tem as vezes alguém que alicia

Com proposta de preço pra pernoite

Vende a carne na cama toda noite

Pra por peixe no prato todo dia

Faz do corpo uma vil mercadoria

Pra ganhar o que faz por merecer

É errado mas pra não perceber

Se afoga num copo de bebida

Muito triste a mulher prostituída

Se vendendo pra ter o que comer

Mote: Aguinaldo Pereira

Versos: Heleno Alexandre

Heleno Alexandre
Enviado por Heleno Alexandre em 02/05/2020
Reeditado em 02/05/2020
Código do texto: T6935610
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