MULHER PROSTITUÍDA
Nos bordéis clandestinos ou no bar
Elas são instrumentos do desejo
Como carne vendida no varejo
Que quem compra começa a pechinchar
Toda hora tem homem pra comprar
E toda noite mulher pra se vender
Para ter dez minutos de prazer
Por uns trinta reais ela é vendida
Muito triste a mulher prostituída
Se vendendo pra ter o que comer
Muitas vivem num estado depressivo
Porque são obrigadas fazer isso
A prostituição por compromisso
Precisão é as vezes o motivo
Quando o cara está bêbado e agressivo
Ela vai para cama sem querer
E sem pai o neném pode nascer
Quando acaso uma dessas engravida
Muito triste a mulher prostituída
Se vendendo pra ter o que comer
Ela diz por favor não toque em mim
Me entenda que hoje eu não tou bem
Ele diz: o que eu quero você tem
Se quiser que lhe pague pode vim
Ela diz: hoje eu não tou afim
Mas se senta com ele pra beber
Se quem paga merece receber
Para ela não tem outra saída
Muito triste a mulher prostituída
Se vendendo pra ter o que comer
Tem as vezes alguém que alicia
Com proposta de preço pra pernoite
Vende a carne na cama toda noite
Pra por peixe no prato todo dia
Faz do corpo uma vil mercadoria
Pra ganhar o que faz por merecer
É errado mas pra não perceber
Se afoga num copo de bebida
Muito triste a mulher prostituída
Se vendendo pra ter o que comer
Mote: Aguinaldo Pereira
Versos: Heleno Alexandre