Um Nativo Aguerrido
Um Nativo sem espada
Com arco e flecha na mão,
Usando pioneiras
Para sua proteção.
Sua coragem é o escudo
Que lhe protege de tudo
Que possa lhe ofender.
Por isso, eu deixo escrito:
"O Índio deu um forte grito
Primeiro do que você".
Ocupava o Brasil
Quando aqui Cabral chegou,
Uma mudança cultural
Aos poucos se instalou.
O país foi explorado,
O território dominado
Pelo homem europeu.
Mas, na terra brasileira
Quem bradou a voz primeira.
O contato com a terra,
E com toda natureza,
Não é para qualquer um!
É preciso ter destreza.
E isso o índio tem,
Cultivando muito bem
Sua rica plantação.
De milho e mandioca,
E faz da humilde Oca
Sua bela habitação.
Há tribo que preserva
Seu costume, sua cultura;
O corpo sempre pintado
Revela sua bravura.
Casco de coco lhe veste,
Folha de planta reveste
Seu corpo quase despido.
Vive da pesca e caça,
Enfrentando a ameaça
Com coração aguerrido.
Mil novecentos e quarenta,
No México se realizou
Um Congresso Indigenista
E a América atentou.
Após serem perseguidos,
Horrivelmente agredidos,
Até mesmo dizimados.
Depois de algumas reuniões,
E diversas reflexões
Eles foram mais lembrados.
E assim se confirmou
No evento interamericano
Que ser índio é também ser
Dignamente ser humano.
Foi um momento pra história,
Os guerreiros com sua glória
Resolveram participar.
Abril foi selecionado,
Dia dezenove agendado
Para do índio se lembrar.
Francisco Bruno Ferreira
Professor de Língua Portuguesa
Poeta Cordelista de Carnaubais, RN.