NO FEIXE DE LENHA     
                 



Com versos de intensa gratidão
Com o iluminar de um alvorecer
Num recordar que faz reflexão
Letras marcadas de um conviver
Caminhos repletos de compreensão
Poetização escrita para enaltecer
 
Inspiradas no colher do algodão
Pelos intensos campos e roçados
Na lavoura colhida a cada estação
E na contínua lida com o gado
No respeitar de cada sertão
Por horizontes abençoados
 
No buscar do feixe de lenha
Pra o cozinhar da panela de barro
No leite tirado em cada ordenha
No gado preso naquele cercado
Na luta e esforço que desempenha
Sertanejas dedicadas em seu trabalho
 
Eram fortes como o Caroá
E a sagrada sombra do umbuzeiro
Percebidas como a devoção do Ceará
E a intensa religiosidade de Juazeiro
São histórias que podem assim confirmar
Promessas e pedidos de um povo guerreiro
 
Ao receber bênçãos de Santo Expedito
O Santo das causas justas e urgentes
Em oração fazendo cada pedido
Com devoção orando intensamente
Pedindo intercessão para todos os aflitos
E soluções necessitadas rapidamente
 
Uma fé que era contagiante
E expressava ensinamentos
Em momentos muito importantes
Num sertão de argumentos
As preces mais fascinantes
Recitadas em fragmentos
 
Virtuosos versos de poesias
Cheios de conotações
Como doces melodias
Ou intensas orações
Recitadas todos os dias
Valiosas recordações

 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO:
A pintura é do artista plástico pernambucano “Jason Ribeiro”.
 

Marcos Antônio Lenes de Araújo
Enviado por Marcos Antônio Lenes de Araújo em 18/04/2020
Reeditado em 03/03/2024
Código do texto: T6921355
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