O tal caboré tinhoso
O tal Caboré tinhoso
I
Muita atenção, senhores
Pruque tenho a dizer:
Todo esse reboliço
Pode ter sido feitiço
De quem não soube eleger.
Vem o caboré tinhoso
Sem nada a oferecer.
II
Eu que nada tenho mesmo
Com esse raio de história
Fico de observância
Por aqui enchendo a pança
Com toda a falatória
Vou tocando a cantoria
Com os lapsos de discórdia.
III
Tou só esfriando o sol
Pra seguir o meu caminho
Aqui sou um forasteiro
Não gosto de fuzueiro
O que tem no lugarzinho
Mas já que estou aqui
Vou dizer meu bucadinho.
IV
O tal filhote de égua
Emprenhada com estrume
Nasceu com pior defeito
Antes de mamar no peito
Fez sua mãe se confundir:
_ Será o filho da besta
Eu na má sorte pari.
V
Dali nasceu o dileta
Da pobre mulher em dúvida
Não saber se o filho é seu
Não saber como se deu
O causo em sua vida
Ela perdeu o juízo
Deixou de ser sabida.
VI
Chorou por dias seguidos
Com total desolação
Quando via o infeliz
Com nariz de chafariz
Parecer assombração
A mulher secou o leite
Por pura desolação.
VII
Esse tal da malagueta
Afiado cão capeta ,
Um tremendo fura oi
Nasceu com chefe de boi
E com a língua afiada
Pra semear toda desgraça
Nesse coração zombada.
VIII
Eu é que de nada duvido
Dele ser uma aberração
Daí virá esse político
Agindo só por maldição
Dizendo que a pandemia
Nada mais é que gripezinha
Pra acabar com a nação.
IX
Pra mim é super mequetrefe
Capaz de ser um genocida
Só para semear o mal
Um tremendo cara de pau
Apelidado de ser mito
Mas não passa de bandido
Aclamado por seu curral.
X
Eu que nunca vou aceitar
Esse infeliz mau agouro
Afrontando nossa nação
Desrespeitando o idoso
Com as ideias sem noção
Um infeliz das costas ocas
Infectado pela ambição.
XI
Se cê escolheu apoiar
Só tenho a lhe desejar
Que o mal dessa pandemia
Nunca que chegue ao seu lar
Levando pro andar de cima
Quem sempre lhe quis tanto bem
Sempre lhe ensinou amar.
XII
Porque além da pandemia
Temos esse vil pandemônio
Para tirar o nosso sono
E destroçar nossa alegria
Esse filho de uma égua
Tido o tal capitão mico
Amigo do cão inimigo.
XIII
E se você não acredita
Vá dar a ele seu abraço
Aperte bem aquela mão
Prove do seu pior catarro
Esse filho de uma égua
Carrega para mais de légua
As maldades do cão diabo.
Marcus Vinicius