decima

Sou a foice nas mãos do agricultor

Sou à água do Barreiro lameada

Sou a vara de ferrão bem afiada

Que cutuca um boi trabalhador

Sou a voz do matuto lutador

Enfrentando a braba sequidão

Sou a terra brotando o nosso pão

Sou o gás, o pavio e o candeeiro

Sou a verbe veloz do violeiro

Cantando as grandezas do sertão.

Sou o ramo nas mãos do rezador

Pião roxo, Arruda e alecrim

Oração que espanta coisa ruim

Sou a fé do caboclo sonhador

Sou a força na voz do cantador

Descrevendo a vida da nação

Sou o vento a chuva e o trovão

Sou a sombra do pé de umbuzeiro

Sou a verbe veloz do violeiro

Cantando as grandezas do sertão

MOTE: Leandro Vaz

GLOSA: Diosmam Avelino

DIOSMAM AVELINO
Enviado por DIOSMAM AVELINO em 02/04/2020
Reeditado em 02/04/2020
Código do texto: T6904860
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