decima
Sou a foice nas mãos do agricultor
Sou à água do Barreiro lameada
Sou a vara de ferrão bem afiada
Que cutuca um boi trabalhador
Sou a voz do matuto lutador
Enfrentando a braba sequidão
Sou a terra brotando o nosso pão
Sou o gás, o pavio e o candeeiro
Sou a verbe veloz do violeiro
Cantando as grandezas do sertão.
Sou o ramo nas mãos do rezador
Pião roxo, Arruda e alecrim
Oração que espanta coisa ruim
Sou a fé do caboclo sonhador
Sou a força na voz do cantador
Descrevendo a vida da nação
Sou o vento a chuva e o trovão
Sou a sombra do pé de umbuzeiro
Sou a verbe veloz do violeiro
Cantando as grandezas do sertão
MOTE: Leandro Vaz
GLOSA: Diosmam Avelino