O POBRE EM QUARENTENA!

Sem máscara e álcool gel

Sem dinheiro para comprar

Férias forçada em casa

Proibido ir trabalhar

Numa sala apertada

Espremido num sofá.

Resolve ligar a TV

Em busca de informação

Ouve o que não quer ouvir

Não enxerga uma solução

Só falam em CORONAVIRUS

Desliga a televisão.

Abre sua geladeira

Parece loteamento novo

Tem apenas água e luz

Quando é entregue ao povo

Tem um resto de verdura

E meia dúzia de ovo.

Chegou à fatura D´água

Também a conta de luz

Não esqueça o aluguel

Disse a Dona Jesus

Busca algo pra jantar

Só tem massa de cuscuz.

Seu patrão é ele mesmo

Precisa ir se virar

Ficar em casa com fome

Ouvindo a mulher cobrar

Pois não tem vírus pior

Que boletos a pagar.

Faz bico em estacionamento

Lava e vigia carro

Tem dia que ganha bem

Dar até pra tirar sarro

Mas com todo mundo parado

Não arruma nem pro cigarro.

Enquanto não se decidem

E a cura ainda não vem

Precisa ter atitude

Ir buscar o que não tem

Pois ajuda do governo

Até agora ninguém.

Ficar em casa é pior

Pois não fala com desdém

O risco que corre na rua

Em casa sofre também

Força, determinação e Fé

Reza o Pai Nosso e Amém!

Quem fala aqui é o Poeta

Cada um sabe onde aperta

Sair ou ficar em casa

Use na medida certa

fuja de aglomerações

Salvo em caso de exceções

Evite O Cidade Alerta.

Antonilde Garreto
Enviado por Antonilde Garreto em 31/03/2020
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