Nem sei mais o que dizer...
Ai meu Zeus, ajuda! Quase que morro.
São tantas informações que nem sei.
Hoje quase que nem me levantei.
Não sei se devo ficar ou se corro.
Se uso máscara, luva, chapéu ou gorro.
Há confusão de idéias nos canais.
Se creio, não creio ou rasgo os jornais.
A China vai dominar todo o mundo.
Ela pegou pesado, foi bem fundo.
E não queremos transpor os portais...
Não podemos mais com nenhum espirro.
O Beijo e o abraço nos foram roubados.
Estamos em domicílio, enjaulados.
O monstro me causa maior embirro.
Pela dor, pela febre e pelo cirro.
Há confusão de idéias nos canais.
Se creio, não creio ou rasgo os jornais.
Tenho compaixão por esses velhinhos.
Que ficam foragindo dos seus ninhos.
E não queremos transpor os portais...
E se é questão dinheiro/política.
Não devíamos pagar esse pato.
É uma injustiça; um trem bem chato.
Não entendo: de todo lado uma crítica.
A nossa mente fica paralítica.
Há confusão de idéias nos canais.
Se creio, não creio ou rasgo os jornais.
A OMS implora para a gente ficar.
O presidente diz: vão se danar.
E não queremos transpor os portais...
O “homem” quer saber só da economia.
Mas sem saúde nada se produz.
Meu Zeus! Dai a todos sua luz.
E eu fico aqui fazendo poesia.
Nem tão triste, mas tão sem alegria.
Há confusão de idéias nos canais.
Se creio, não creio ou rasgo os jornais.
O bicho alastra feito a vaca louca.
Acessa-nos pelo olho e pela boca.
E não queremos transpor os portais...
Poder exerce a sua insanidade.
Enquanto nos asila em quarentena.
Lá fora grita o desemprego: pena
Achando que nos esconde a verdade.
Pelo mundo há uma calamidade.
Há confusão de idéias nos canais.
Se creio, não creio ou rasgo os jornais.
Há que chora apenas isolamento
Há quem da terra fez desligamento
E não queremos transpor os portais...
Uberlândia MG