MINHA ADORÁVEL SOLIDÃO
Sozinha, olhando a penumbra lá fora
Envolta em pensamentos conturbados
Sinto uma estranha alegria,
de não ter companhia ao meu lado.
Sozinha me escuto
Sozinha me sinto
Sozinha me leio
Sozinha me pinto.
Sensação única, quase um transe
Idiossincrasias da perfeição
E foi assim que me dei conta
Da minha adorável solidão.
Do amor? Já não preciso
Da companhia? já me tenho
Do outro? Que importa?
Eu me vejo, eu me desenho.
E assim, quero seguir a vida
Ouvindo o silêncio que grita
Tão ensurdecedor
Que a alma se agita.
E no leve agito da alma em êxtase
Eu me deleito com uma sensação:
Minha eterna companheira
Será minha adorável solidão.
Por: JOSY MATOS!