O CORONA SEBOSO

O CORONA SEBOSO

Miguezim de Princesa

I

O corona dezenove,

Que lá na China surgiu,

É mistura de morcego

Com o pangolim mais xibiu

E o sebo da sujeira

Que da miséria emergiu.

II

Ele gosta de sujeira,

Seja de pobre ou de rico,

Gruda na mão mais gosmenta

Como a beira de um penico,

Depois invade o pulmão,

E aí começa o fuxico.

III

É metido a populista,

Gosta de aglomeração.

Se achar alguém gripado,

Gruda em sua secreção,

Sai infectando quem

Esteja ao alcance da mão.

IV

O Covid dezenove

Nunca vagueia sozinho:

Há outros vírus com ele,

Todos viviam no escaninho

E armaram uma aliança

Pra devastar no caminho.

V

Por isso não facilite

Pra essa espécie nojenta:

Só cumprimente de longe,

Cuidado com mão sebenta;

Se acaso for espirrar,

Cubra logo o pau da venta.

VI

Se for idoso não saia,

Peça a alguém pra comprar

O que for essencial,

Não ache que é banal,

Porque o vírus no idoso

Até pode ser fatal.

VII

Quando voltar do trabalho,

Ponha a roupa pra lavar,

Limpe a sola do sapato

E corra pra se banhar

Até com sabão da terra

E uma bucha de esfregar.

VIII

Evite beijo na boca,

No rosto e em outro lugar,

A distância é importante

Pra não se contaminar.

Depois que o vírus se for,

Virá tempo de beijar.

IX

Não faça roda de gente,

Em restaurante ou em bar,

Mantenha distância segura

E, se precisar falar,

Fale pouco, diga curto,

Pro vírus não se espalhar.

X

O vírus é oportunista

E testa a humanidade,

Não sabe que o nosso povo

Descobrirá a verdade

E matará o corona

Com a força da vontade!

Miguezim de Princesa
Enviado por Miguezim de Princesa em 24/03/2020
Reeditado em 24/03/2020
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