VERSO ACHADO
Achei um verso perdido
No desvio da inpiração,
Bem triste e desenxabido...
Cortou o meu coração!
Tratei dele como um filho,
Ganhou então outro brilho,
Dele hoje vou lançar mão.
Quero que tenha uma rima
Para dar-lhe uma cadência,
Par perfeito em doce clima,
Cheio de graça... Exelência!
Que seja o porta estandarte
Do desfile na obra de arte...
Do poeta em florescência!
Que venha com seu sorriso
Estampado no semblante,
Na certeza ou no improviso
Cantando um prazer gigante,
Oxalá que nos agrade
Com sua felicidade
E que seja contagiante.
E depois... que nunca mais
Se perca pelo caminho,
Que provoque muitos ais
E suspiros bem baixinhos,
Quando ao fim da poesia,
Ver-me chorar de alegria...
Pela troca de carinhos!
Grato, belíssima interação:
O carinho esmerado
foi ato primordial
pra esse verso achado
que coisa sensacional
portador de muita graça
chegou alegrando a praça,
com encanto especial.
(Hull de La Fuente)