DOA A QUEM DOER (Aberto às críticas e ao debate sadio)
POR  JOEL MARINHO

Disse Lula certa vez
Que o político ladrão
Para ganhar eleição
Seria um herói, talvez,
Falou em bom tom ao público
Que o funcionário público
Só precisa estudar
E depois que tem emprego
A vida vira sossego
Sem mais se preocupar.
 
Agora vem Paulo Guedes
Chamando-os de parasitas
Com sua fala esquisita
Compara ao “mosquito Aedes”
Vontade de vomitar
Em ver político insultar
A Todos os funcionários
Que faz o Brasil crescer
Dá vontade de bater
Na cara desses ordinários.
 
Porém não a violência!
Quero é ter paz e amor
Pra político sem valor
Jamais teremos clemência
Tá chegando à eleição
E o político vacilão
Vamos arrancar seus ternos
E no “tilintar” das urnas
Nós vamos lavar a burra
E mandá-los ao inferno.
 
É sim, seu Lula, é verdade!
Que para ser concursado
Só precisa ter estudado
Muitos anos sem piedade
Coisas que o senhor não fez
Pois sem condições talvez
Não foi para a faculdade
Preferiu viver mamando
E a muita gente enganando
Pela falta da verdade.
 
Paulo Guedes, e você!
Conheço pouco sua história
Mas se não falhe a memória
Sempre teve o que comer
Não teve que trabalhar
Com o sonho de estudar
Tendo que ser adiado
Porque os tais militares
Com seus governos covardes
Deixaram o povo de lado.
 
Sou funcionário do Estado
E sei o que é trabalhar
Dezoito turmas me há
Pra eu dar conta do recado
Convido o Lula e você
Pra vir um dia me ver
Nem precisa trabalhar
Só quero vocês um dia
Provando a minha agonia
Só precisam me acompanhar.
 
Que é mesmo necessário
Uma modernização
Tirar aquele vacilão
Que faz o povo de otário
Isso eu concordo convosco
Pois para causar desgosto
A esse povo sofrido
Queremos capacidade
E amenizar a necessidade
Do brasileiro esquecido.
 
Mas não venham colocar
Com suas falas malditas
Que de uma forma erudita
Querem a mim, tapear,
Chamar corrupto de herói
Esse discurso me dói
De uma maneira aflita
Dizer que o rombo do Estado
É o trabalhador culpado
O chamando de parasita.
 
A vontade que me dá
É mandar vocês pra longe
Aonde o vento se esconde
Porém vou deixar pra lá
Com respeito as vossas idades
E ao leitor que na verdade
Doou-me um pouco o seu tempo
Chegando até o final
Dessa lamúria real
E do meu grande lamento.
 
E só para terminar
Não sou esquerda ou direita
Também não fico na espreita
Querendo a “teta” mamar
Minha luta é para ver
Todo o Brasil a crescer
Sem essa separação
Uni-vos, povo brasileiro!
E não eleja o forasteiro
Seu político de estimação.