NA LINGUAGEM DO CORAÇÃO
Pelos nuances de uma poesia
Reconhecendo a experiência
Como no voar de uma andorinha
Tendo no sertão, a referência
Histórias contadas com sabedoria
Com a simplicidade de uma vivência
Versos que falam de saudade
Sublime linguagem do coração
Repletos de fé e religiosidade
Num terno versejar da reflexão
Ao percorrer com sinceridade
Singelo pulsar da admiração
Como o mandacaru ao florescer
E a flor do algodão ao desabrochar
Momentos de uma vida para entender
Marcados no tempo para recordar
Singelos instantes de um conviver
Numa terna maneira de poetizar
Olhar de serenidade e harmonia
Tendo os vicentinos no coração
Seus lindos trabalhos de cidadania
E a mais linda força de uma oração
Contemplando a vida todos os dias
Reconhecendo o valor de uma missão
O respeito aos franciscanos e beneditinos
Nas convivências de irmandade e união
Aos missionários carmelitas e brigitinos
A bondade, o amor e a evangelização
Sua vivência destaca o afeto aos vicentinos
Pautada no amor ao Sagrado Coração
Na lida com o gado e a agricultura
Reconhecia o sertão em sua essência
Nos doces que fazia com desenvoltura
Deixava as marcas de sua experiência
E na fragilidade de sua estatura
Mostrava o valor de sua existência
Tinha intenso respeito as romarias
A “Mãe das Dores” mostrava sua devoção
As missas e terços eram sua alegria
Os valores sertanejos eram sua emoção
Nas intensas conotações de uma poesia
Afetuosos caminhos de uma oração
OBSERVAÇÃO:
A pintura de sertão é do artista plástico baiano “Sílvio Jessé”.