ASSOMBRANDO A SOGRA

No nordeste é possível

De tudo ouvir falar.

Do nordestino tem mesmo

Muito a se orgulhar,

Das histórias que contam

Pra gente se alegrar.

Quando o assunto é sogra

Já pode imaginar,

As histórias que contam,

Pois uma vou começar,

Peço licença, senhora!

Se esta for lhe tocar:

Francisco era um moço

Jovem e trabalhador,

Namorava a Francisca.

Puro! Eterno amor.

Mas sua mãe Joventina

Muito sempre “implicor”.

Quatro anos e dois meses

O Francisco a noivou,

Um noivado excelente

Pouco tempo acabou,

Pois Francisca e Francisco

Tão de repente casou.

Em grande felicidade

Esse casal se uniu,

Mas com um tempo Francisco

E a Francisca se viu

Entre a cruz e espada,

Felicidade partiu.

A mãe de sua esposa

Tão logo enviuvou,

Ela sozinha em casa

Na solidão já ficou,

Mas a Francisca com pena

Pra sua casa levou.

Francisco muito gostava

A um boteco passar,

Após sair do trabalho

Pra uma pinga tomar,

Mas esquecia do tempo

Pra sua casa voltar.

Certo dia o Francisco

Pra sua casa voltou,

Já com um bafo de bode

Toda casa incensou.

Vendo esse episódio,

A sogra já reclamou.

O Francisco começa

Com sua sogra brigar,

Mas Francisca interfere

Para os dois acalmar.

Pois, sua mãe insistente

A briga não quer parar.

Já depois de uma hora

A confusão acalmou,

Porque Francisco na cama

Rápido se apagou.

No clarear da manhã,

Ressacado acordou.

Retornando ao trabalho

Em um boteco parou,

Com duas doses de cana

O cabra se revoltou,

De sua sogra briguenta

Francisco muito falou.

Os que estavam com ele

Já começaram a rir,

O Francisco se amoita

Para a casa não ir,

Vendo uma estratégia

Para a sogra sumir.

O Francisco resolve

Sua sogra assombrar,

Como sendo o fantasma

Do falecido a estar

Depois pedindo a ela

Pra sua casa voltar.

Já colocando em prática

Seu belo plano levou,

Assim, chegando a casa

Do jeito que planejou,

Para assombrar a sogra

A cena iniciou.

Pois no momento da cena

Conforme se planejou,

Por trás de uma janela

Muito tempo esperou,

Até que a sua sogra

Tão logo apresentou.

Coberto de pano branco

Que ele mesmo escolheu,

De repente na janela

Rápido apareceu,

Assustando sua sogra

Que só de medo tremeu.

Mas com o grito da mãe

A Francisca assustou,

O seu marido correndo

Atrás de casa ficou,

De Francisco, a Francisca

Nem mesmo desconfiou.

Nervosa ela apela

Pra seu marido correr,

Ir socorrer sua mãe

Com medo dela morrer,

Mas o Francisco manhoso

Finge em não perceber.

Quando a mãe se acalma

Pra sua filha a falar,

Ela já diz: -minha filha,

Eu vi seu pai a olhar

Pra mim daquela janela,

Aponto de assustar.

A Francisca acredita

Que ele deve estar,

Triste, por sua mamãe

A casa abandonar,

Pois aconselha a mãe

Pra ela logo voltar.

Nesse exato momento

Francisco apresentou,

A mãe e sua esposa

Em um acordo chegou,

Sem que Francisco soubesse,

A volta já planejou.

É um tremendo absurdo,

Pois o Francisco falou,

Mas logo a sua sogra,

Ele, ela provocou,

Falando que sua filha

Com cachaceiro casou.

A confusão foi danada,

Aponto de se pegar

A sogra com o Francisco,

Pois foi preciso chamar

Um camburão que passava

Pra confusão terminar.

A Francisca e Francisco

Tão logo se separou,

Pois o Francisco no bar,

Na bebida afogou,

Tudo por causa da sogra

O casal se separou.

TonyPessoa
Enviado por TonyPessoa em 28/02/2020
Código do texto: T6876113
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