Papai Noel piauiense
Em atenção ao pedido
da amiga Filomena,
vou descrever uma cena
de um fato acontecido,
sem fazer muito alarido,
pra não causar confusão
na cabeça do cristão,
pois mostra papai Noel
a navegar no cordel,
pra cumprir sua missão.
Ocorreu lá no sertão,
nas bandas do Piauí,
onde grita a juriti
ao avistar gavião:
papai Noel, de calção,
na beira de uma lagoa,
a curtir a vida boa
dia antes do Natal,
quando veio um vendaval
e afundou a canoa.
Eu digo a sua pessoa
que nunca vi coisa igual:
a força do vendaval
esvaziou a lagoa,
matou leão e leoa,
jacaré, cobra, ariranha...
levou metade da banha
do velho papai Noel,
que se apoiou no cordel,
pra relatar a façanha.
Se a fé remove montanha,
remove banha também.
O bom velhinho tá bem.
De vez em quando ele sonha
com uma bela ariranha
pra carregar seu trenó
e uma corda de cipó
pra descer na chaminé
daquele que tem a fé
e a paciência de Jó.
Manda um beijo pra Filó
e um abraço pro Zé!
Também vai um cafuné,
um frevo tocado em dó,
um passeio de trenó
com bastante adrenalina.
Um litro de cajuína
e bom licor de pequi,
pro povo do Piauí,
da capital, Teresina.
E pra guardar na retina,
por detrás da catarata:
um luar de serenata
num barzinho de esquina.
E que a bênção divina
espalhe paz e energia,
em flocos de poesia,
em cada canto do mundo,
com um amor tão fecundo,
quanto Jesus por Maria.
Em atenção ao pedido
da amiga Filomena,
vou descrever uma cena
de um fato acontecido,
sem fazer muito alarido,
pra não causar confusão
na cabeça do cristão,
pois mostra papai Noel
a navegar no cordel,
pra cumprir sua missão.
Ocorreu lá no sertão,
nas bandas do Piauí,
onde grita a juriti
ao avistar gavião:
papai Noel, de calção,
na beira de uma lagoa,
a curtir a vida boa
dia antes do Natal,
quando veio um vendaval
e afundou a canoa.
Eu digo a sua pessoa
que nunca vi coisa igual:
a força do vendaval
esvaziou a lagoa,
matou leão e leoa,
jacaré, cobra, ariranha...
levou metade da banha
do velho papai Noel,
que se apoiou no cordel,
pra relatar a façanha.
Se a fé remove montanha,
remove banha também.
O bom velhinho tá bem.
De vez em quando ele sonha
com uma bela ariranha
pra carregar seu trenó
e uma corda de cipó
pra descer na chaminé
daquele que tem a fé
e a paciência de Jó.
Manda um beijo pra Filó
e um abraço pro Zé!
Também vai um cafuné,
um frevo tocado em dó,
um passeio de trenó
com bastante adrenalina.
Um litro de cajuína
e bom licor de pequi,
pro povo do Piauí,
da capital, Teresina.
E pra guardar na retina,
por detrás da catarata:
um luar de serenata
num barzinho de esquina.
E que a bênção divina
espalhe paz e energia,
em flocos de poesia,
em cada canto do mundo,
com um amor tão fecundo,
quanto Jesus por Maria.