O BOI TURISTA
- Cordel do dia 13-12-2019 -
Hoje a coisa está difícil
Não dá nem pra calcular
Falta de tudo um pouco
Na mesa do pessoal
A dispensa está vazia
No armário sobra sal
Há cinco anos passados
O pobre podia tudo
Comia, bebia e farrava
Não vivia este absurdo
Mas desta data pra cá
O tempo ficou sisudo
Tudo se encareceu
A manteiga, o leite e pão
O arroz, trigo e verduras
Pasta de dente e sabão
Os salários achatados
Nos bolsos nenhum tostão
E sobre a carne de boi
Eu não gosto nem de falar
O preço ficou tão alto
Que não dá pra calcular
O pobre chega no açougue
Dá vontade de chorar
A gente chega no balcão
Só tem um ou dois clientes
Com a cara desconsolada
E se sentindo impotente
É que eu posso analisar
O que sofre a nossa gente
Tá ruim se alimentar
Já é normal ficar doente
O peixe contaminado
Isso é uma coisa indecente
Que pro pobre comer carne
Um dos dois está doente
O boi hoje é viajante
Tem passaporte pro oriente
Viaja pra todo canto
Pra todos os continentes
Deixando nós na saudade
Fugindo dos nossos dentes
Espero que um dia volte
Para as mesas brasileiras
Que venha fazer fumaça
Aqui nas nossas churrasqueiras
Venha encher os nossos pratos
E deixar dessa besteira
Peço a Deus nosso senhor
Que não deixe a coisa assim
Faça chover na terra
Pra criar muito capim
Já está faltando ovo
A coisa vai ficar ruim
Quero dizer ao povo
Que não perca a esperança
Que lute com persistência
Pra haver uma mudança
Porque a vida só voga
Se tiver perseverança!
Antônio Gavião
- Cordel do dia 13-12-2019 -
Hoje a coisa está difícil
Não dá nem pra calcular
Falta de tudo um pouco
Na mesa do pessoal
A dispensa está vazia
No armário sobra sal
Há cinco anos passados
O pobre podia tudo
Comia, bebia e farrava
Não vivia este absurdo
Mas desta data pra cá
O tempo ficou sisudo
Tudo se encareceu
A manteiga, o leite e pão
O arroz, trigo e verduras
Pasta de dente e sabão
Os salários achatados
Nos bolsos nenhum tostão
E sobre a carne de boi
Eu não gosto nem de falar
O preço ficou tão alto
Que não dá pra calcular
O pobre chega no açougue
Dá vontade de chorar
A gente chega no balcão
Só tem um ou dois clientes
Com a cara desconsolada
E se sentindo impotente
É que eu posso analisar
O que sofre a nossa gente
Tá ruim se alimentar
Já é normal ficar doente
O peixe contaminado
Isso é uma coisa indecente
Que pro pobre comer carne
Um dos dois está doente
O boi hoje é viajante
Tem passaporte pro oriente
Viaja pra todo canto
Pra todos os continentes
Deixando nós na saudade
Fugindo dos nossos dentes
Espero que um dia volte
Para as mesas brasileiras
Que venha fazer fumaça
Aqui nas nossas churrasqueiras
Venha encher os nossos pratos
E deixar dessa besteira
Peço a Deus nosso senhor
Que não deixe a coisa assim
Faça chover na terra
Pra criar muito capim
Já está faltando ovo
A coisa vai ficar ruim
Quero dizer ao povo
Que não perca a esperança
Que lute com persistência
Pra haver uma mudança
Porque a vida só voga
Se tiver perseverança!
Antônio Gavião