Se ninguém nasceu sabendo deveria aprender

Comete erro a pessoa

Que faz coisa sem saber

No final sempre irá ver

Que saber era importante

Só querer não é bastante

Gastou tempo em desprazer...

Conheci um bom pedreiro

Que construía mansão

Melhor que a do engenheiro

Era a sua construção

Pois aprendeu de pequeno

Essa bela profissão.

Conheci uma doceira

Cujos quitutes divinos

Vendia em uma feira

Nunca sentia canseira

Sorrindo e toda faceira

Via o riso dos meninos.

Conheci um sacerdote

Muito pio e rezador

Conquistava toda a gente

Com o seu santo fervor

Sempre vivia contente

Trabalhava por amor.

O padeiro seu João

E também seu Benedito

Que vendiam-me o pão

Abençoado, acredito

Sabiam sovar a massa

Com carinho e sem trapaça.

O doutor era tão bom

Curava qualquer doença

Ganhava muito bombom

E também ganhava crença.

Desdobrava em antenção

Curava a população.

Hoje tudo é por vaidade...

Faz-se tudo, sem saber.

Interesse e veleidade

E sequer olham você.

E se a coisa dá errada

Antes da reclamação

Fazem barraco por nada

E te chamam de ladrão.

Tão mais simples era aprender

Fazer tudo com paixão

Todo mundo ia viver

Com fartura e a sensação

De uma vida com prazer

Alegria e emoção.

Se ninguém sabe fazer

O bem que o mundo constrói

Deveria era aprender...

A tristeza sempre dói...

Dói ver o mundo ruindo

Na maldade que corrói...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 03/12/2019
Reeditado em 03/12/2019
Código do texto: T6810047
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