Mundo louco de dar nó
Ninguém entende mais nada
Tudo está da pá virada
De tudo se faz piada
Tem quem dorme na calçada
E que come marmelada
Se achando o rei do forró...
Outro que se faz de mito
Vive tendo faniquito
Mal assopra o seu apito
Todo dia em mesmo rito
Mais parece um periquito
Mais que medo, até dá dó...
Gente de cabeça oca
Avoada e meia boca
Esquisita que até choca
Num mundo feito maloca
Que vive feito boboca
Mundo louco, de dar nó...
Mesmo sabendo ser pó
O povo segue se achando
E não se sabe até quando
Gastando todo o recurso
Fazendo belo discurso...
Mundo louco, de dar nó...
A Terra quase esgotada
Cospe fogo e na enxurrada
Mostra a ira acumulada
Mas no fim, dá tudo em nada...
Ninguém resolve a charada...
Mundo louco, de dar nó...
Todo mundo vai plugado
Já nem tem mais certo e errado
Tudo frio e calculado
Matemática é errada
Vale tudo, até risada...
Mundo louco, de dar nó...