Educação (Regime Militar)

Vamos um episódio relembrar

Sem nada para celebrar

Um fato vergonhoso

Que temos para falar

Já são cinquenta e cinco anos

Do regime militar.

Os anos de regime militar

Foi um período de grande opressão

Os soldados regiam o país

Com cassetetes nas mãos

E o alvo de sua tirania

Eram os pobres da população.

Um período obscuro

De extrema perseguição

Aos que pensasse diferente,

E aos meios de comunicação;

Censurando seus ofícios

E lhes tirando a razão.

Aconteceram varias reformas

Principalmente na educação

Usando de caráter antidemocrático

Sem respeitar a nação

Cada reforma criada e aceita

Tirava direitos da população.

A reforma tecnicista

Mudou toda forma de ensinar

Uma educação capitalista;

Alunos moldados para trabalhar

Excluindo disciplinas criticas

Para não os fazerem pensar.

Eles submeteram a educação

E iam contra sua persistência

Usando todas as formas

E com sua influencia

Derrubaram o ensino

E sua frente de resistência.

Mas o povo não se conteve

Com tamanha falta de respeito

E vieram em peso as ruas

Lutando por seus direitos

Reivindicar sua cidadania

Em meio ao pleito.

Castelo Branco foi proclamado presidente

Criou o SNI em sua gestão

Protegendo os militares

Servindo como espião

Causando grandes estragos

Amedrontando a nação.

Logo veio Costa e Silva,

Que assinou o 5º ato inconstitucional

E por meio desse ato

Garantiu poder total

Tornando mais opressora

A ditadura governamental.

Estudantes se uniram

Numa marcha civil

Confrontando os militares

Defendendo o Brasil

Num movimento nomeado

Passeata dos “cem mil”.

Com o presidente Médici

O regime segue em atividade

Aumentou a violência

A tortura e a crueldade

E de “milagre econômico”

Chamavam aquela arbitrariedade.

A situação amargava

Num clima crucial.

O slogan “ame-o ou deixe-o”

Virou lema oficial

E ainda aumentou

A dívida internacional.

O governo controlava

A ação dos trabalhadores

Repeliam as manifestações

Dos sindicatos e professores

Que eram submetidos

Pelas mãos dos opressores.

A educação fragilizada

Os professores perseguidos

Sem fala e sem opção

Alguns foram demitidos

Uns mandados para exílio

De voltar foram impedidos.

O ministro Francisco Campos

Veio a comentar

Mandando a real:

“estudante tem que estudar”

Sem baderna, sem diretos

E sem liberdade de pensar.

O direito de setenta e sente

Calou a boca dos alunos

“aluno tem que estudar”

“Não pode ser importuno”

Criado pelo ministro da justiça

É um grande absurdo.

Obrigado por nos ouvir,

Com tamanha atenção,

Hoje deixamos nosso recado,

Somos contra a opressão,

Deixamos aqui nosso abraço,

Vamos lutar pela nossa educação.

Carolina Sá, Francisca Juliana e Fred da Costa e Antonio da Costa Penha Júnior
Enviado por Carolina Sá em 08/11/2019
Código do texto: T6789968
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