UM CORDEL DA FAZENDINHA SÃO JOSÉ

Me criei em uma simples casinha

Na zona rural em uma fazendinha

Chamada de são José lugar de fé

Onde criou-se homem e também mulher.

Tinha lanche de farinha até com café

Joaninha na madrugada sempre de pé

Com sua fé sólida em jesus de Nazaré

Ela mostrava a todos como era que é

Fazia comida com carinho no seu fogão

Era de Barro movido a lenha do sertão

O seu modo e carinho, era único irmão

Mãe joaninha não se tem comparação.

Nesse tempo nosso pai era do roçado

Um cabra forte e também engraçado

Tinha uma rizada forte,poucos se viu

Representava o sertanejo raiz do Brasil

Tinha tempo bons nessa fazendinha

Se faz lembrar do almoço de galinha

Com feijão branco na nossa panelinha

A panela era feita de argila em joaninha.

na janta tinha aquela coalhadinha

misturado com bolacha e até farinha

O queijo tinha! O resto ela fazia bolinha

Era o lanche garantido da tardezinha.

Há e o leite das nossas vaquinhas

Com vários nomes bem mansinha

toda madrugada agente acordava

para ver o nosso pai como atuava.

podia ser da vaca só as pequenininhas

era desse jeito que nosso pai Luquinha

O dia começava tirando leite das vaquinhas

sem esquecer do papel de mãe joaninha.

Bom dia fazendeiro seu Luquinha

como vai nossa amiga dona joaninha

gostava de ver o povo sempre dizer

essa fala nunca se pode jamais esquecer.

joaninha há há há está cuidando do café

durante o dia vocês conhece essa mulher

faz queijo e outras atividades sem igual

avó para uns minha mãe sempre foi plural.

se fosse a noite estava praticando sua fé

não importava se era de joelhos ou de pé

Nossa mãe era uma mulher muito religiosa

mais gostava muito de uma boa prosa.

Seu Luquinha também era muito religioso

um sujeito valente mais muito carinhoso

eu e meus irmãos era tudo na vida deles

Onde agente andar sentimos a falta deles.

Meus irmãos vinham pra nossa fazenda

Nas férias agente curtia kk,as prendas

De olhos vedados brincava tire do poço

Quem me tira ? eu tiro ela seu moço.

No tempo das aulas alguns moravam

Em fazenda agente também estudavam

A nossa escola ficava lá no pé da serra

agente ia a pé saindo da nossa terra.

deus sabe o que fez mais uma vez

eu agradeço por tudo que ele me fez

valorizo a nossa infância, não tem preço

pois na vida tudo se tem um começo.

hoje estou mais uma vez agradecendo

do muito que aprendi convivendo

com meus pais podia está chovendo

com eles sempre eu estava aprendendo.

a alegria e a felicidade do meu coração

é honrar e zelar por essa minha criação

fundamental é preservar a vida no sertão

sem esquecer do papel do pai e os irmãos.

se hoje me formei na área da educação

sem sombra de dúvida foi por destinação

para defender e lutar pelo o nosso sertão

minha família nunca sairá dessa decisão.

somos sertanejos do rio grande do norte

você pode ser do sul leste oeste ou norte

pois a família sempre será o nosso suporte

e só assim se tornaremos um sujeito forte.

Foi assim que descobri a minha felicidade

Do lado de cada um criei uma identidade

Um sertanejo daqueles bem arretado

Aqui deixo minhas palavras e um legado

A família é um bem maior e é claro

fui amado e muito mais apaixonado

Hoje meus velhos não está presente

Não de corpo, mais sim de mente.

Autor : Mário Sérgio da silva.

poeta do meu sertão
Enviado por poeta do meu sertão em 30/10/2019
Reeditado em 30/08/2023
Código do texto: T6783087
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