Aborto não!
Meu povo, eu vim declamar
Um cordel aqui escrito...
Pra falar sobre o aborto
E dos corações aflitos
Que desprezam sua sorte
Entregando a própria morte
Aquele recém nascido.
Tô escrevendo este cordel,
Defendendo os dois lados
Pra falar sobre o aborto
Que não foi legalizado.
E sobre essa polêmica
Que na dura inocência
Fogem do seu resultado.
Muita história já ouvi,
Mas não consigo entender,
A dor da perda de um filho
Ou deixar ele morrer.
Que culpa esse ser tem?
Sem conhecer ninguém
Nem a vida pode ter.
Não posso criticar,
Ou dizer que é errado
Aliás quem sou eu,
Pra julgar ou ser julgado?
Só peço compreensão
Pois na minha opinião
Não pode haver condenado.
Na TV vejo coisas que
Me chamam atenção
Menores engravidam
E entram em depressão.
Querendo tirar a vida,
Dizendo na defensiva
-"O aborto é a solução."
Essas menores de idade,
Sem querer falar com os pais
Entram pra vida tão cedo
E não percebem jamais
Que sem conhecimento
Começa seu sofrimento
E pensam: é tarde demais.
Quando depois de uma noite,
De aventura e diversão
As jovens param e pensam:
O que virá, agora então?
E uma gravidez inesperada
Sem ao menos estar preparada
Vem lhe deixando sem direção.
E aí surge a famosa frase e questão:
"Meu corpo, minhas regras."
Meu erro minha lição.
Assim dizem as mulheres
Quando vem a Decidir
Parar o feto no caminho
Sem deixar ele prosseguir.
E aí eu me pergunto,
Porque isso acontece?
Se sabe das consequências
Porque não se protege?
A criança não tem culpa
Na beleza tão oculta
O adeus ela recebe.
Mas num caso de violência
Onde acontece um estupro
Onde o futuro da vítima
É um mar tão obscuro
Cabe a ela decidir
Se prefere prosseguir
Ou abortar aquele fruto.
Pois ela não teve culpa,
Daquele ato insano
De sofrer sem ter porquê,
Por conta de um estranho.
Que abusou de seu corpo,
Trazendo medo e desgosto
Acabando com seu ânimo.
Mas a sociedade julga,
E aponta com vigor,
Dizendo: ela é desumana
Não merece ter amor.
Mas pra quem gosta de julgar
Deverá aprender amar
Seja lá como você for.
Porém, quando na relação
A gravidez é inesperada,
O casal não está pronto
Para nova caminhada.
E ali cometem o erro
Retirando sem segredo
A criança indesejada.
Mas que culpa ela tinha?
O que tava acontecendo?
Sua vida estava perdendo
Sendo tirada na covardia
Era um feto que só queria
Enxergar um novo dia
E poder seguir crescendo.
Peço por favor que pensem
Antes desse sujo ato,
O aborto é algo sério
Que te deixa condenado.
Quando se tira uma vida,
Nasce uma despedida
Que sempre será lembrado.
Sou contra este ato,
Mas em casos...
Vou concordar.
Se existir violência
O dever é denunciar.
E cabe a você a escolha
Se vai seguir ou abortar.
Não sou especialista no assunto
Mas sou humana e mulher
Por isso expresso o que sinto
Continuando de pé.
E vou logo me atrevendo
Dando minha opinião:
Eu sou a favor da vida
E aqui tão comovida
Eu grito: aborto não!