MEU ARRETADO NORDESTE

Meu arretado Nordeste,

Qué que fizeram contigo?

Por mãos dos Cabras da Peste

É tirado o óleo preto inimigo.

Nordeste das praias formosas,

De grande e majestoso litoral,

As mãos aqui vão sempre a obra,

Mas avexado pela natureza sem igual.

Meu Nordeste sempre Barril,

Pelos barris é vítima inocente,

Talvez, por vagabundo que daqui já sorriu...

E nós daqui não tem nem presidente!

Meu Nordeste, Meu Amado,

Eu digo para não se avexar,

Apois nosso povo nasce preparado

Pá as boca dos balão arregaçar.

Nós daqui do oxe e do oxente

Não temos medo dos cara feia,

Pois a nossa cultura é das potente...

Aqui é pimenta que pulsa na veia.

Região que abraça o país,

Que os escravizados fizeram morada,

Povo destemido assim não se viu

Nem se verá - jamais - nesse Brasil.