O PROFESSOR
Por Gecílio Souza
Fermento da civilização
Que lhe dá forma e cor
Baluarte da cultura
Seu combustível e motor
Do progresso social
É o desencadeador
Ele atua nas entranhas
Anônimo balisador
Os méritos são todos seus
Não, não é nenhum deus
Ele é o professor
A docência é unisex
Assim como é o amor
Não se instrui por afeto
Nem tampouco por favor
Problematizar o mundo
É o papel do educador
Ela e ele são o mesmo
Em dignidade e valor
Às vezes sufocam o pranto
Não, não é nenhum santo
Ele é o professor
Livros, quadro e pincéis
E o desejo motivador
Causam tantas reações
Medo, ódio e pavor
À “sagrada” ignorância
Do espírito ditador
Elegeu como inimigos
O saber e o pensador
Só os anos lhe consomem
Não, não é um super homem
Ele é o professor
Entre ataques e elogios
Vai doando o seu vigor
Ele forma o advogado
O juiz e o promotor
Das suas mãos saem o médico
O engenheiro e o doutor
Sem ele nem existiria
O jornalista agressor
Patrimônio da sociedade
Não, não é uma divindade
Ele é o professor
Instrui os filhos dos outros
Que polivalente labor
Fazem o papel de babá
Psicólogo e orientador
Se expõe às ações transversas
Do sistema opressor
É uma pedra no sapato
Do segmento acusador
Encaminha os bons pleitos
Não, não é um ser sem defeitos
Ele é o professor!
G. S.