O PROFESSOR

Por Gecílio Souza

Fermento da civilização

Que lhe dá forma e cor

Baluarte da cultura

Seu combustível e motor

Do progresso social

É o desencadeador

Ele atua nas entranhas

Anônimo balisador

Os méritos são todos seus

Não, não é nenhum deus

Ele é o professor

A docência é unisex

Assim como é o amor

Não se instrui por afeto

Nem tampouco por favor

Problematizar o mundo

É o papel do educador

Ela e ele são o mesmo

Em dignidade e valor

Às vezes sufocam o pranto

Não, não é nenhum santo

Ele é o professor

Livros, quadro e pincéis

E o desejo motivador

Causam tantas reações

Medo, ódio e pavor

À “sagrada” ignorância

Do espírito ditador

Elegeu como inimigos

O saber e o pensador

Só os anos lhe consomem

Não, não é um super homem

Ele é o professor

Entre ataques e elogios

Vai doando o seu vigor

Ele forma o advogado

O juiz e o promotor

Das suas mãos saem o médico

O engenheiro e o doutor

Sem ele nem existiria

O jornalista agressor

Patrimônio da sociedade

Não, não é uma divindade

Ele é o professor

Instrui os filhos dos outros

Que polivalente labor

Fazem o papel de babá

Psicólogo e orientador

Se expõe às ações transversas

Do sistema opressor

É uma pedra no sapato

Do segmento acusador

Encaminha os bons pleitos

Não, não é um ser sem defeitos

Ele é o professor!

G. S.

Oiliceg
Enviado por Oiliceg em 15/10/2019
Reeditado em 15/10/2019
Código do texto: T6770107
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