Cordel da sede

Se um dia

fosse possível

O nordeste beber água à vontade

Nasceria até abacate de mãos dadas

com jerimum.

E toda rama teria cheiro próprio.

Todo barranco seu ribeiro.

Margeando ricos açudes.

Matando do gado e das gentes a danada da sede.

Aí sim, quem sabe?

Se o mapa geográfico

Virasse de ponta cabeça.

O Norte virasse o Sul

As rochas transformassem-se em Areia

As Cidades virassem Sertão

O Sertão virasse Mar.

Aí sim, reinaria a confusão

Tudo de ponta cabeça

Caberia a tanta Gente

Correr atrás de Solução

Para limpar e preservar o planeta.

Casa de água cristalina.

Só assim, após tal lição bagunçada

A natureza voltaria a ter ciclo natural

No papel de mãe, respeitada, servindo a todos

abundantemente as suas verdadeiras riquezas.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 14/10/2019
Reeditado em 16/10/2019
Código do texto: T6769573
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