A EDUCAÇÃO E MEU PASSADO

Sou um poeta do meu sertão

Não esqueço do poder da educação

Sempre valorizei o meu berço

Quando preciso tudo tem começo

Agradeço ao meu superior senhor

Por ser filho do berço agricultor

Como é bom ser criado por meu avô

Esse sim sempre foi meu professor

Um dia pude chamar de meu pai

A minha mãe mostrou como faz

Dessa história não esqueço jamais

Ela cuidou de mim querendo mais

Essa história é só um ensaio meu

Obrigado deus por tudo que me deu

O bom é recordar do meu passado

Viver com meus avós apaixonados

Me fortaleceram com sua educação

Me mostraram como valoriza um coração

Meus amigos que momentos especiais

Sou grato por tudo e muito mais

Hoje sei do tamanho da felicidade

Respeito todos e até as amizades

Foram tantos lugares e momentos

Que não saem do meu pensamento

Andei pelas estradas a fora

Com meu avô não tinha hora

Gostava de um forró pé de serra

Agente cortava qualquer terra

Se ia de cavalo ou de carroça

O importante era chegar na palhoça

A festa era de casamento ou batizado

Tinha que ter forró daqueles pegado

No salão tinha cobrança de uma cota

Bastava começar a dançar ao som da bota

Chamou a morena ou a loira não importa

Eu só observava dali daquela porta

No tempo de meu avô eu alcancei

Os mais velhos era tratado como rei

Gostava de ouvir as medotas animadas

Ouvia as gargalhadas por eles contadas

Realmente um tempo desse fez história

E ganhar isso pra mim foi uma vitória

A linguagem desse tempo era forte

Principalmente do rio grande do norte

Contava piada sem machucar ninguém

Pois todos só pensavam em fazer o bem

Mesmo rindo das atrapalhadas dos amigos

No passado não se faziam tantos inimigos

O ambiente era de somar experiências

Já faziam o seu estudo na área de ciências

O agricultor do passado tinha competência

Lutava contra pragas que tinha resistência

Cada um tinha seu roçado e boa produção

A fé era primordial não importava a religião

O município de Pedro Avelino marcou

Quando o assunto era produção se lançou

Ficou muito conhecido pela força do algodão

Para alguns o algodão preto típico da região

No período da década de sessenta e setenta

Ficamos fortes e caímos nos anos noventa

Essa queda ninguém esperava acontecer

É uma situação triste vendo alguém morrer

Vou encerrar esses versos triste dizendo

Porque algumas culturas estão morrendo

Para que consumir tanta planta se não planta

Interessante quem desmata não se espanta

Se todos de hoje extraísse uma planta

E plantasse duas todo o mundo janta

A sociedade de hoje quer produzir

Utilizando agrotóxicos para poluir

Não sabemos como sair dessa situação

O solo as águas estão em contaminação

Se um de nós brasileiros ingere 5,2 Lt

De veneno que não se sabe qual é o Lt

Imaginem a futura geração que vem

Sabemos que não viverás muito bem

Se a educação não começar a transformar

Vamos todos se desmanchar nas águas do mar.

Autor: Mário Sérgio da silva

poeta do meu sertão
Enviado por poeta do meu sertão em 11/10/2019
Reeditado em 19/10/2019
Código do texto: T6766968
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