Pernambucano de aço

Pernambucano de aço

Sou filho do meu sertão

Pernambucano de aço

Ando pelo mêi do mundo

Escavacando espaço

Feito burro na cangalha

Com o peso no espinhaço

Resistente ao mormaço

A quentura e sequidão

Não tenho medo de nada

Tenho sim opinião

Sou poeta sonhador

Sou cordel de pés no chão

Sou perneira sou gibão

Troços da nossa cultura

Fui criado diferente

Sem pantim e sem frescura

Pra poder se acostumar

A saber que a vida é dura

Minha fé sempre se apura

Sou caboclo resistente

Minha mão é calejada

Conheço bem o batente

Pois assim quero viver

Trezentos anos pra frente

Sou viola sou repente

Sou repente Sou viola

Cada verso que eu faço

Tiro da minha cachola

Que poesia não se aprende

Em um banco de escola.

Diosmam Avelino- 26/09/2017

DIOSMAM AVELINO
Enviado por DIOSMAM AVELINO em 05/10/2019
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