Passando o serrote
Qual imperador romano
Não faz sequer cerimônia
Que extravagante tirano
Tocou fogo na Amazônia
Segue compondo na sua lira
Aquela canção ordinária
O agronegócio é mentira
A situação tá “pecuária”
Coisa do demo, sinistra
Não tem controle a queimada
Destila veneno a Ministra
E a mata toda dizimada
Sem verba, nem orçamento
Qual Roma, a Floresta ardia
E tome contingenciamento
Pera, que ainda tem putaria!
Não tem mais brigadista
Você tá matando o IBAMA
Bolsonero, eu sou cientista
Mas, sua turma é quem mama
Persegue índios e cristãos
A Pátria-mãe já trocou
Tem sangue em suas mãos
Hei, Mala, arrebentou!
O incêndio aqui foi o mote
Tá longe a preservação
No Bozo, passei o serrote
Poesia é nossa salvação