Poesia um amor sem explicação

Eu amo a poesia,

e não sei como explicar,

quando eu começo a declamar,

me emociona, me contagia,

me dá essa alegria,

uma enorme satisfação,

do fundo do meu coração,

me deixando tão satisfeito,

de tal forma, de tal jeito,

que não tem explicação.

Eu amo a poesia,

feita com inocência,

que nem mesmo a ciência,

e toda sua sabedoria,

se quisesse explicaria,

de onde vem tanta emoção,

deste caboclo, lá do sertão,

tão sofrido, mas trabalhador,

e que glosa com um amor,

que não tem explicação.

Eu amo a poesia,

feita de forma tão matuta,

inteligente e mui astuta,

de Pinto e sua cantoria,

do Jessier que com maestria,

traduz o matuto lá do sertão,

por Dedé tenho admiração,

Antônio Pereira meu professor,

e dele sou tão admirador,

que não tem explicação.

Eu amo a poesia,

das minhas primas alampeanas,

que de forma tão soberana,

declamam com veracidade,

e tamanha propriedade,

o amor pelo sertão,

aquele pequeno torrão,

“o lugar onde vivo”

lugar que fui nascido,

que não tem explicação.

Eu amo a poesia,

e toda sua beleza,

que feita com delicadeza,

ou o labor do dia a dia,

quer tristeza, quer alegria,

quer do amor, quer da paixão,

dos desenganos do coração,

nos deixando entristecidos,

realmente! Estou convecido,

que não tem explicação.