JOGO DE GATO E RATO. (PATO?)
 
A vida do ser humano
É um jogo de gato e rato
Deus e o Diabo na briga
Veja que grande barato
E o ser humano lascado
Correndo do tal pecado
Entre a vida e a morte
Veja a sina do tal homem
O destino lhe consome
Só sobrevive por “sorte”.
 
Até hoje não consigo
Entender o livre arbítrio
Se já nascemos marcados
Porque que deixaram escrito?
Que sou livre pra correr
Porém tenho que morrer
No final dessa corrida
Não entra no raciocínio
Esse maldito destino
Ditando o fim da partida.
 
Não é que eu seja ateu
Ou quem sabe até atoa
E nem reclamo da vida
Pois a vida é muito boa
Só quero compreender
Da lógica quero saber
Será que é pedir demais?
Quero um papo reto e claro
Onde me seja explicado
E traga um pouco de paz.
 
Mas dizer que é assim
“E é porque é ‘mermo’”
Eu não vou compreender
E fico perdido a ermo
Espero então que um dia
Eu saia dessa “agonia”
Nos braços da divindade
Quero ouvir do “senhor”
Essa História com louvor
Me explicando toda a verdade.
 
E vou já me despedindo
Não me jugue por ateu
Acredito que exista
Esse ser chamado Deus
Porém nós homens malandros
Trouxemos a nós tanto engano
Para outrem subjugar
Inventamos tanta bobagem
E culpamos as divindades
Que nunca tiveram cá.
 
E para ficar danado
Inventamos a religião
Criamos o tal do pecado
Culpamos Eva e Adão
Escrevemos livros “santos”
Enchemos o mundo de encantos
Com palavras de engano
E o pior de toda essa zona
O homem se aprisiona
Depois entra pelo cano.
 
E nessa dicotomia
Entre o bem e o mal
Entre Deus e o Diabo
Está o homem afinal
Na dança de gato e rato
Estaria no meio o “pato”,
Perdido em desatino?
Sem saber o rumo certo
No fim um buraco aberto
É de todos o tal destino.

JOEL MARINHO