Primavera
Quem me dera na primavera
Olhando as flores rosas e amarelas
Beija-flores beijando elas.
A vista tão bela!
Quem me dera no jardim floral
Na hora matinal.
Sentindo o doce odor
Tão natural!
Que me encheria de amor
Tal fragrância
Com esperança.
Eu com asas
Fazendo das flores uma casa
Escrevendo nas pétalas tal como uma lousa
No centro da flor uma mesa.
Seria uma abelha ou um besouro
Deliciando o néctar, o tesouro.
Sendo o zumbido o aviso
Que estaria saindo do casulo.
E fazendo de cada flor um resumo
De uma história, um consumo.
A rosa bela e formosa,
As margaridas tão queridas!
Cravos e perpétuas
Que nas horas certas...
Perpetuam vida,
Alegria,
Primavera e poesia.
Quem me dera que eu fosse leve
E sem peso.
Quem me dera eu fosse uma ave.
Livre...
Mas sou um ser preso...
Privado de felicidade...
Desejando a tão sonhada “Liberdade...”
Joana Darc Brasil *
25/09/07
*Direitos reservados.