O trabalho infantil.

Com a caneta na mão,

Vai fluindo pensamento.

Peço a Deus inspiração

Agradeço o meu talento,

Com tamanha sensibilidade,

Ao ver tanta crueldade,

Sem razão nem sentimento.

Peço a Deus compreensão,

E também sabedoria.

Escrever para toda idade

Em perfeita harmonia.

Com muita inspiração,

Com lógica, fé e razão.

Que na rima encaixaria.

Vou falar de um grande tema,

Que é muito importante:

Da criança e adolescente

O leitor não se espante.

O trabalho infantil,

Não só reina no Brasil.

Como no mundo errante.

Vamos conhecer um pouco

Essa história de pavor

Peço que ouça esses versos,

Se acomode por favor.

Para poder entender

E assim venha debater

Essa causa com fervor.

No passado a criança

E o jovem adolescente

Viviam como adultos

Em um mundo incoerente.

Com suas vidas frustradas,

A história é marcada,

Por aquele olhar carente.

Um costume que reinou,

Nos tempos de antigamente,

Até hoje ainda reina,

E tenho na minha mente

A criança era explorada

Sua alma machucada,

Junto com os adolescentes.

E ainda hoje existem

Pessoas com esse pensamento

Não se importam com o bem,

Desses daí só lamento.

Pois existe a diferença

Com uma distância imensa

Devemos ficar atentos.

Criança é sempre criança,

Em qualquer parte do mundo,

Parece um ser tão frágil,

Tem sentimento profundo.

Com tamanha delicadeza,

Donos de toda beleza

Raridade desse mundo.

O trabalho infantil,

Prejudica a criança

Afeta seu desenvolvimento,

Vai perdendo a esperança.

De viver melhor o futuro

O certo é que trabalho duro

Não faz passo nessa dança.

Muitos tem a visão distorcida

De uma educação verdadeira

O trabalho que não educa

Só implanta mais barreira.

A educação tem outro rumo,

E aqui faço o resumo

Da vida e da carreira.

Em muito lugar no mundo,

Crianças são obrigadas,

A trabalhar como adulto,

Tendo a infância roubada.

Pelos mais velhos e parentes,

Só por estarem carentes

Tem sua vida acabada.

São muitos casos que vemos

De crianças vendendo balas,

Sempre tão desprevenidas,

E ninguém tenta ajudá-las

Correndo risco de vida.

Faz a sina tão sofrida

Que o coração dispara.

Tem criança que trabalha

Até lavando caminhão,

Faz fogo para assar carne,

Acaba queimando a mão.

Vira até costureira

Toda cheia de poeira

Sem sapato, pé no chão.

Por viverem na miséria

E sem ter educação,

Jovens entram pra o crime

Por falta de opção.

Pelas ruas maltratadas,

Vivem nos becos jogadas

Por tamanha opressão.

Podemos ver em lixões

Tantas crianças “vivendo”,

Procurando alimentos

Assim vai sobrevivendo.

Sem nenhuma liberdade

Vítimas da desigualdade

Que no mundo vai crescendo.

Não esquecendo também,

Da exploração sexual

Das crianças abandonadas

Que passam por esse mal

Vão perdendo a inocência

Pois ninguém tem a clemência.

E acham tudo banal.

Em meio a essa injustiça

Temos a dura visão,

Crianças indo pro tráfico

Tomam essa decisão.

Entram num mundo sem volta,

Isso é o que nos revolta

Diante dessa exploração.

Muitos são os culpados

De tal prática incoerente

Família e sociedade

Destruindo o adolescente

Porém o maior culpado

É a incapacidade

De um Estado incompetente.

Quando a criança trabalha

Perde seu belo direito,

De viver a sua infância

E com bastante respeito.

Criança tem que brincar

Estudar e se formar

Para ser um bom sujeito.

No entanto existem casos

Que o trabalho é concedido.

Com atenção na idade

Pela lei é permitido.

Sem nenhuma exploração

Dando boa explicação

A quem não tem entendido.

Jovens aos dezesseis

Já podem até trabalhar.

No entanto, há restrições

Que já vou lhes explicar:

Não pode ser perigoso,

Cansativo e penoso

Que o deixe de estudar.

A juventude é prazerosa,

Mas nesse mundo cruel,

A maldade é insana,

Faz o jovem virar réu.

Assim toma outro destino

Com tamanho desatino...

Nessa torre de babel.

Muitos conseguem vencer,

Outros perdem a vida em vão,

Alguns com a sina sofrida

Caem na prostituição.

Sem nenhum lugar no mundo,

Vivendo como imundos

Em uma terra sem chão.

Pitágoras tão inteligente

Nos chamou muito atenção

Rogando pra que cuidem

Da bendita educação.

Clamando com piedade

Pois educando de verdade,

Formará bons cidadãos.

Todos nós somos iguais

Afirma a Constituição

Porém com tantas diferenças

Vai ferindo o coração.

Ao ver tantos na miséria

Essa visão é coisa séria

Que maltrata o cidadão.

Se tá na lei é direito,

Não vamos nem discutir

Respeitar o adolescente

Sem precisar lhe punir

Dar educação as crianças

Vivendo na esperança

E seus sonhos conseguir.

Peço aqui vossa atenção

Pois já estou a encerrar

Esse assunto tão difícil

Que aqui vim ressaltar

Falando desses direitos

Que gritam aqui no meu peito.

Sem medo de me expressar.

Josiane

Josiane cordelista
Enviado por Josiane cordelista em 11/06/2019
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