Eu não troco meu oxente pelo OK de ninguém
Amo meu nordeste
e sua cultura popular
o seu jeito de se expressar
venha mais eu, num se avexe
fi d`uma égua, cabra da peste
ruma, bocado, mói e quiném,
rela bucho e mela cueca também,
são ditos por nossa gente
eu não troco meu oxente
pelo Ok de ninguém
Rapadura, melaço, milho assado
pastel com caldo de cana
Manga, caju, siriguela, banana
e tudo que vier do roçado
certamente tem meu agrado
e de certo é do seu também
riquezas que meu nordeste tem
e tudo isso me deixa contente
não troco meu oxente
pelo Ok de ninguém
De um povo acolhedor
que labuta no dia a dia
faz da tristeza alegria
aliviando sua dor
pouca chuva e muito calor
essa certeza todos tem
pedindo a Deus e dizendo amém
que venha chuva pra nossa gente
não troco meu oxente
pelo Ok de ninguém