História dos caiporas de Pesqueira
História dos caiporas
(patrimônio imaterial de Pesqueira)
É com imenso prazer
Que venho apresentar
Mais um tema em cordel
Da cultura popular
Por favor, preste atenção.
No que agora vou contar
O nosso Brasil é rico
Falando culturalmente
É grande a diversidade
Acredite minha gente
A nossa cultura é rica
Precisa tá mais presente
Se falando em cultura
Aos senhores e senhoras
O tema deste cordel
Contarei ser ter demoras
Pois aqui escreverei
A história dos caiporas
No nordeste Brasileiro
Estado Pernambucano
Pesqueira é a cidade
O seu povo é serrano
Cidade religiosa
Carisma Brasiliano
Nossa Senhora das graças
Em Pesqueira apareceu
Daí que nasceu o titulo
Pra sempre permaneceu
Pesqueira terra da graça
Ninguém mais se esqueceu
Território Pesqueirense
Era um simples lugarejo
Onde os índios xucurus
Faziam o seu manejo
Por ali sobreviveram
Firme e forte com desejo
Fazenda poço pesqueiro
Começou ter importância
Foi município de Cimbres
E naquela circunstância
Pouco a pouco foi crescendo
Com tamanha exuberância
Hoje esta bem elevada
E conhecida mundial
Pela renda renascença
Pelo o nosso carnaval
Pela fama dos caiporas
Patrimônio cultural
O carnaval de Pesqueira
Tem bastantes tradições
Cangaceiros e catrais
Atraindo os foliões
Caipora, lira da tarde.
Arrastando multidões
A história dos caiporas
Vale a pena relatar
Diz à lenda que as tochas
Apareciam pra assustar
Tochas sobrenaturais
Nas arvores iam brilhar
Assustavam caçadores
Da cidade de Pesqueira
Que esses bem assombrados
Disparavam na carreira
Com medo daquelas tochas
Sumiam na capoeira
Aquelas assombrações
Ficaram bem conhecidas
Caiporas seres noturnos
Assombradores de vidas
Pregavam peças a noite
As tochas desconhecidas
Pra acalmar os caiporas
Era necessário botar
Cachaça e fumo de rolo
Para assim tranquilizar
E no tronco duma árvore
O caçador ia deixar
No ano sessenta e dois
Seu João Justino Criou
Um bloco carnavalesco
Que todo mundo aprovou
E em bloco de carnaval
O caipora se transformou
O que era assustador
Tomou outra direção
Mulheres, homens, crianças.
Entraram na diversão
E até hoje os caiporas
Em Pesqueira é tradição
O bloco desfila a noite
Pelas ruas da cidade
Atraindo todo mundo
Com sua simplicidade
Estopas, ternos, gravatas.
É o que usam na verdade
Os caiporas agora são
Uma marca registrada
No carnaval de Pesqueira
Essa marca é tarimbada
E desde sessenta e dois
Vem seguindo a estrada
É comum a gente ver
No vai e vem da folia
Ao som do nosso frevo
Semblantes de alegria
É no bloco dos caiporas
Que a todos contagia
Certa época do bloco
Um assunto assustador
Foi criado uma mística
Um boato de horror
Que quem saísse no bloco
Era o próximo morredor
Não passava de boato
Coisa sem eira e nem beira
Os caiporas surgiram
Como simples brincadeira
Pra animar o carnaval
Na cidade de Pesqueira
Depois do falecimento
Do seu grande fundador
Os caiporas continuam
Sempre no mesmo vapor
A família de seu João
Zela o bloco com amor
Cada caipora se veste
Com um bonito colorido
Dona Helena capricha
No seu bloco tão querido
E a mais de 50 anos
Esse bloco tem saído
É grande a diversidade
Da cultura popular
Patrimônios imateriais
Pernambuco tem pra mostrar
Os caiporas de Pesqueira
Também tem o seu lugar
A história dos caiporas
Tem muito para contar
Fiz apenas um resumo
Por aqui eu vou ficar
Desde já eu lhe convido
Venha nos prestigiar
Poema de autoria do:
Poeta cordelista declamador e artesão.
Diosmam Avelino- 06/ 10/ 2018
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(poeta Diosmam Avelino)