Zé Limeirices

eu conheci Zé Limeira

nos vérso de Zé Roberto

inscrito num pergamim

incontrado no diserto

lá no sertão da judéia

em um pote de geléia

de mocotó de preá

na companhia de Elias

de oito virgens judias

comecei a recitá:

o meu nome é Zé Limeira

de lima, limão, limança

quem come pipoca em festa

não há de encher a pança

as estradas de São Bento

de carroça de jumento

não tem quem possa passar

só porque a velha França

de atirar não se cansa

mandou três bomba pra lá.

ninguém faça pontaria

com espingarda de talo

de taquara ou de bambu

senão num vai dá estalo

comprei dezoito estante

um machado e um hidrante

botei quatro livro lá

da historia do cangaço

liderada por picasso

e bizouro mangangá

Ze limeira quando canta

carimbó, zumba e merengue

balança o tampo do quengo

mata o mosquito da dengue

as corda da sua viola

é remendada com cola

de tripa de guaiamum

por isso o som sai perfeito

pois o corpo dela é feito

da banda de um jerimum

obrigado Zé Roberto

do Condado de Mauá

não sei se fica no meio

se é na ponta de lá

daqui pra 2030

tendo caneta na tinta

pra descobrir eu pelejo

Dê lembrança à sua avó

a Salomão e a Jó

que faz tempo que eu não vejo.

Bosquim
Enviado por Bosquim em 09/05/2019
Reeditado em 10/05/2019
Código do texto: T6642784
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