ÁGUA BRANCA CENTENÁRIA
-Cordel do dia 24-04-2019-
Água Branca minha linda
Que se põe a festejar
Neste dia mais ainda
Tanto amor a transbordar
Nesta noite que deslinda
Seu feliz desabrochar
De Matinha à Água Branca
Do cangaço ao baronato
Desde velhos à crianças
Das pinturas aos retratos
Tantos cantos, tantas danças
Vários contos e relatos
Na colônia foi rainha
Da criação de gado
Com espadas e bainhas
Homens deixaram legado
Com mãos fortes sozinhas
Neste teu solo sagrado
Um dos treze baronatos
Que se fez no nosso Império
Não são lendas e sim fatos
Que foi rica em minério
De deixar estupefato
Todo o nosso hemisfério
Eres, tu, mãe de Corisco
Vingador de Lampião
Homem viril, forte, arisco
Que nasceu neste sertão
Viveu correndo risco
De cair na escuridão
Foi quem acolheu Delmiro
O Coronel empreendedor
Que até o último suspiro
Foi grande encorajador
Em quem muito me inspiro
Para ser um vencedor
Deu origem àquela usina
Que ilumina o nordeste
Você que a tantos fascina
Com sua grandeza inconteste
Merece grande estima
De todos que a conhece
Lar da primeira prefeita
Que existiu neste país
Dona América eleita
Da democracia és raiz
És o berço que ela se deita
Natureza que se condiz
Seu coração revolucionário
Fez o prefeito mais jovem
Roberto Torres, lendário
Até que o contrário provem
Em seu costume diário
Exemplo que a tantos comovem
O grandioso Canal do Sertão
Foi a primeira que recebeu
Dilma pisou em seu chão
E a alegria promoveu
Veio como solução
Isso o povo percebeu
Primeira escola de magistério
Também, nela, foi fundada
Colégio Barão, sem mistério
Esperança para a criançada
Que teve então o “privilégio”
De ser alfabetizada
A Orquestra Santa Cecília
Que a todos muito encanta
No exterior foi notícia
Da esperança que ela planta
Músicos de altíssima perícia
Que o astral de todos levanta
Berço de cultura popular
Guerreiros, bacamarteiros
São Gonçalo, pife, tear
Xaxado e forró nos terreiros
Reizado pra a gente sonhar
Com sonhos de amor verdadeiro
Aqui tem até dinossauro
Escondido por essa caatinga
Tem o seu próprio vocabulário
Os capoeiras têm muita ginga
Tem até encontro literário
Em noites regadas à pinga
Seus casarões contam história
Tem Igreja em estilo barroco
Lembranças de choros e glória
Do branco, preto e caboclo
Tudo isso está na memória
Até mesmo do boco moco
Tem manga, mexerica e cajá
Laranja, mamão, tem caju
Graviola, pinha, maracujá
Seriguela, pitomba e umbu
Café, acerola, pitanga, juá
Até fruta de mandacaru
Há mais de um século nasceu
E tem muita história para contar
Essa terra é um pedaço de céu
Que Deus trabalhou pra criar
Este sonho que a todos, nos deu
Eita lugar bom de habitar!
Graciliano Tolentino
-Cordel do dia 24-04-2019-
Água Branca minha linda
Que se põe a festejar
Neste dia mais ainda
Tanto amor a transbordar
Nesta noite que deslinda
Seu feliz desabrochar
De Matinha à Água Branca
Do cangaço ao baronato
Desde velhos à crianças
Das pinturas aos retratos
Tantos cantos, tantas danças
Vários contos e relatos
Na colônia foi rainha
Da criação de gado
Com espadas e bainhas
Homens deixaram legado
Com mãos fortes sozinhas
Neste teu solo sagrado
Um dos treze baronatos
Que se fez no nosso Império
Não são lendas e sim fatos
Que foi rica em minério
De deixar estupefato
Todo o nosso hemisfério
Eres, tu, mãe de Corisco
Vingador de Lampião
Homem viril, forte, arisco
Que nasceu neste sertão
Viveu correndo risco
De cair na escuridão
Foi quem acolheu Delmiro
O Coronel empreendedor
Que até o último suspiro
Foi grande encorajador
Em quem muito me inspiro
Para ser um vencedor
Deu origem àquela usina
Que ilumina o nordeste
Você que a tantos fascina
Com sua grandeza inconteste
Merece grande estima
De todos que a conhece
Lar da primeira prefeita
Que existiu neste país
Dona América eleita
Da democracia és raiz
És o berço que ela se deita
Natureza que se condiz
Seu coração revolucionário
Fez o prefeito mais jovem
Roberto Torres, lendário
Até que o contrário provem
Em seu costume diário
Exemplo que a tantos comovem
O grandioso Canal do Sertão
Foi a primeira que recebeu
Dilma pisou em seu chão
E a alegria promoveu
Veio como solução
Isso o povo percebeu
Primeira escola de magistério
Também, nela, foi fundada
Colégio Barão, sem mistério
Esperança para a criançada
Que teve então o “privilégio”
De ser alfabetizada
A Orquestra Santa Cecília
Que a todos muito encanta
No exterior foi notícia
Da esperança que ela planta
Músicos de altíssima perícia
Que o astral de todos levanta
Berço de cultura popular
Guerreiros, bacamarteiros
São Gonçalo, pife, tear
Xaxado e forró nos terreiros
Reizado pra a gente sonhar
Com sonhos de amor verdadeiro
Aqui tem até dinossauro
Escondido por essa caatinga
Tem o seu próprio vocabulário
Os capoeiras têm muita ginga
Tem até encontro literário
Em noites regadas à pinga
Seus casarões contam história
Tem Igreja em estilo barroco
Lembranças de choros e glória
Do branco, preto e caboclo
Tudo isso está na memória
Até mesmo do boco moco
Tem manga, mexerica e cajá
Laranja, mamão, tem caju
Graviola, pinha, maracujá
Seriguela, pitomba e umbu
Café, acerola, pitanga, juá
Até fruta de mandacaru
Há mais de um século nasceu
E tem muita história para contar
Essa terra é um pedaço de céu
Que Deus trabalhou pra criar
Este sonho que a todos, nos deu
Eita lugar bom de habitar!
Graciliano Tolentino