MIJADA NO CONGRESSO

MIJADA NO CONGRESSO

Miguezim de Princesa

I

Foi grande o panavueiro

No Senado Federal:

Renan se descontrolou,

Começou a passar mal,

Chamou tudo de canalhas,

Com a mãe no bacanal!

II

Das bandas da Paraíba,

Uma terra desassombrada,

O velho Zé Maranhão,

Com a bexiga lotada,

Cochichou para o colega:

-Vou ali dar uma mijada.

III

Ao chegar no toalete,

A campainha disparou,

Não deu nem pra balançar,

Guardou a coisa e voltou,

Com a perna toda molhada:

- A torneira afolosou...

IV

Com o Tasso Jereissat

Renan já se abufelava:

- Canalha, dou-lhe um bofete! -,

Irado, ele ameaçava.

- Bolsonaro não me quer,

Era só o que faltava!

V

- Vou retirar o meu nome! -,

Gritando, Renan dizia.

- Retiro em nome da esquerda,

Da lei, da democracia,

Volto para as Alagoas

E vou chupar melancia!

VI

Enquanto Renan brigava,

Ficando com o corpo rijo,

Seus assessores contando

O tamanho do prejuízo,

Zé Maranhão com um pano

Tentava enxugar o mijo.

VII

O MDB perdeu-se

Entre urina e bravata,

Alcolumbre por detrás

Mexia no nó da gravata,

Ajeitando uns e outros,

Prometendo passeata.

VIII

Cinco tentaram ter votos,

Mas Alcolumbre ganhou,

O DEM, que estava escondido,

Para o cenário voltou,

Foi Arena e PDS,

Mas se democratizou.

IX

Enquanto Renan brigava,

Reclamando de pressão,

Da força da máquina pública

E até de traição,

José Maranhão ficava

Com a pecha de mijão.

X

Maranhão disse ao colega:

- Ou estou ficando bronco,

Pois mijei e confirmei,

Não dormi nem tirei ronco,

Ou a coisa envelheceu

E está furada no tronco

Miguezim de Princesa
Enviado por Miguezim de Princesa em 04/02/2019
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