A luta do casal contra à água

Na cidade onde cresci

Acontecimentos via e ouvia

Meus tios tinham um casal de amigos

Eles eram Tidinho e Farrinha

Esse belo e amistoso casal

Gostava muito de luxar

Porém,lutavam com algo

De fazer arrepiar

Viviam um difícil dilema

Diziam ter a saúde fraca

Isso era uma pena

Pois,o dilema em questão era à água

Quando queriam espairecer

Passavam o dia no rio lavando roupa

Mas,por mais que se esforçasse

Entre à água e o casal

A amizade era pouca

E aí amigos

Como não podia deixar de ser

O casal bullying sofria

Uma ruma de meninos

Viviam à perturbar

Tidinho e Farrinha

Ouvia meu tio dizendo:

Home!por que não tomou um banho de rio?

Com uma voz característica,

Ele retrucou

Se o pé na água botar logo resfrio

O casal se queixava

Que a água adoecia

E quando Tidinho teimava

Lá vinha bronca de Farrinha

Confesso que não entendia

O porque de tal temor

Mas era apenas uma criança

Não podia interpor

O tempo ia passando

Acompanhando eu crescia

E os moleques à perturbar

Os pobres Tidinho e Farrinha

E foi na adolescência

Que os conheci de perto

Fiz uso da complacência

Pra mostrar-lhe o que é certo

Eu era engajada

Nas obras socias da igreja

Foi quando começou à jornada,

Foi quando começou a peleja

Muitas visitas eu fazia

Afim de com eles socializar

E por vezes eu via

Eles com os moleques ralhar

Às vezes achava graça

Acabava rindo também

Pobres Tidinho e Farrinha

Os moleques à eles só davam desdém

Procurávamos fazer as visitas

De preferência à noitinha

Mas,o casal era de pouca prosa

Principalmente à Farrinha

Certamente sempre respeitava

O tempo que me era permitido

Ali procurava persuadi-los

De quanto um banho é divertido

Por vezes o casal contava

Causos bem corriqueiros

Como eu, alguns vão sentir náuseas

Mas,o causo é verdadeiro

Lembro o som da sua voz

Que era meio nasal

Quando o causo me contou

Confesso que passei mal

Disse ela:minha fia

Ontem peguei um caneco

Quando infiei no pote

Ele descia e subia

Virei o pote de cabeça pra baixo

E vou dizer pra tu

O susto que levei

Com o tamanho do cururu

Naquela hora agradeci à Deus

Por nada ali comer ou beber

Mas,Tidinho e Farrinha

Ainda iam me surpreender

Os padres resolveram

A casa deles reformar

Levaram o casal pro convento

E banho começaram a dar

Mas não posso esquecer

De uma frase marcante

Que Farrinha sempre dizia

E isso era constante

Quando nos recebia

Até nos dava atenção

De repente ela dizia:

Home,menina,não tou te mandando embora não

Mas quando tu quiser ir

Já tá bao

A risada era geral

Mas é claro, então vamos

E a jornada do casal

Está quase acabando

À medida que os dias passavam

Os padres deles cuidaram

E banho fazia parte

Da nova rotina do casal

Pouco à pouco aparecia

Alguns pedaços de pele

Branquinha,branquinha

Era a pele de Farrinha

O que também apareceu

Que existia,porém agora mais aflorada

Foi a sua vaidade

E agora vivia

Toda,toda arrumada

O pobre Tidinho coitado

Por ela foi desprezado

Pois ela ficou esnobe

Embora ainda lado à lado

Mas, não é que tinham razão,

A água adoecia

Tidinho ficou acamado

Pouco à pouco desfalecia

Farrinha teve mais sorte

Embora medo tivesse

A água só lhe fez bem

Mas à Tidinho trouxe a morte

Dizem que ela imaginem

Como uma flor desabroxa

A água à revelou

Mas que uma linda cabrocha

Depois que Tidinho se foi

Não quiz mais ficar sozinha

Pra sua cidade voltou

Por vezes alguém à via

Adimirados ficavam

De como uma beleza

Sem igual era escondida

Isso por medo da água

Pra não dizer com clareza

Hoje só tenho a lembrança

Do casal que conhecia

Da sua luta contra à água

E quem venceu foi Farrinha

Fim